Esse artigo é a SÉTIMA PARTE do resumo da Aula 06: “Exu na Umbanda” do Evento Teologia de Umbanda com Alexândre Cumino.
Hoje, vamos aprender sobre o significado por trás das saudações a Exu, no simbolismo e na intenção das práticas e gestos que conectam os praticantes a Entidade tão essencial. Aprenderemos sobre o significado de gestos, como posicionar as mãos ao cumprimentar Exu, e o peso das palavras Laroiê e Mojubá, expressões de chamado, respeito e reconhecimento.
Além disso, conheceremos a importância dos elementos utilizados em oferendas e a forma como essas práticas reforçam a conexão com Exu.
Altar e Tronqueira
O altar, em um terreiro de umbanda, geralmente fica de um lado e a tronqueira do outro. O altar é irradiador de energia positiva, que tem como grande ponto ali de firmeza e de Axé, a presença dos Orixás por meio de imagens, pedras, cristais e velas no altar. Então, o altar irradia.
Quando você está de frente para o altar, você fica com as mãos voltadas para cima e para frente para receber a luz e a irradiação dos Orixás que vêm do altar. A tronqueira e a firmeza de eixo é para você descarregar o seu negativo.
Na tronqueira você faz o contrário, coloca as mãos para baixo e entrelaça os dedos com a sua mão em direção à tronqueira porque ela está absorvendo toda a sua energia negativa.
Gestos de Cumprimento e Saudação a Exu
Quando você cumprimenta um Exu, você também coloca as mãos para baixo, junta as mãos e encosta nas mãos dele, porque ele também está fazendo um gesto de descarregar energia negativa. Ou, às vezes, o Exu cruza as mãos e pega os dedos como se fosse engatar, que é um movimento também de descarga de energia negativa.
Mojubá e Laroiê
A palavra Laroiê vem do Yorubá, é uma saudação ao Orixá Exu, que na Umbanda a gente faz também para a Entidade. Laroiê quer dizer o falante, o comunicador, aquele que vem para conversar comigo. Então, quando eu digo Laroiê, eu estou chamando o Exu para conversar comigo.
Isso também tem outros sentidos como: levanta Exu, acorda, vem falar comigo, estou aqui te esperando. Então, esse é o sentido da palavra Laroiê.
Mojubá é um cumprimento que você faz para todas as pessoas que você considera importantes. Então, quer dizer que você é grande, eu te reconheço, você é importante e eu me curvo diante de você. É quase um mantra.
Então, você bate palma três vezes. Esse bater de palmas quer dizer paôque, que significa “A arte do encontro”. Quando batemos palmas, estou chamando Exu para vir ao nosso encontro, Laroiê para ele se comunicar e Mojubá, que é respeito por ele e que ele é muito grande.
Fortalecendo a relação com Exu
Sendo assim “Laroiê, Exu, Exu, Mojubá”, quer dizer tudo isso. Aí eu posso colocar uma vela branca, preta ou vermelha e um copo de cachaça, que são os elementos dele. Então, estou criando um mini ritual muito simples, para a presença de Exu.
“Uma determinação mágica, uma reza, um mantra, uma palavra de poder, ela não vai para endereço errado, ela vai para Exu, não vai para um outro que está passando ali. O Exu está ligado a mim e quando eu digo isso, meu Exu está comigo e ali eu agradeço a ele, peço a proteção dele, peço o Axé dele, é ele que recebe.”
Nesse momento, estamos criando e nutrindo uma relação. Se colocamos um Padê para o Exu, nutrimos a relação com ele, isso fortalece o poder de realização que ele tem em nossa vida .
Esse artigo é a SÉTIMA PARTE do resumo da Aula 06: “Exu na Umbanda” do Evento Teologia de Umbanda com Alexândre Cumino.
- Acesse a sexta parte desse conteúdo em: O que significa direita e esquerda na Umbanda?
- Acesse a oitava parte desse conteúdo em: Perguntas e respostas com Alexândre Cumino
