Como ouvir seu guia

Como Ouvir Seu Guia

Uma das perguntas mais constantes é: como eu posso ouvir meu guia? Como posso ter certeza de que meus guias estão se comunicando comigo através de uma mensagem?

Vamos conferir algumas dicas de como podemos ter uma experiência de aproximação e percepção da presença espiritual em nossas vidas. Podem ser coisas simples demais, mas que geram até a desconfiança.

Características Mediúnicas 

Existem algumas características mediúnicas, algumas particularidades, que precisamos levar em consideração:

  • Clariaudiente: pessoas que ouvem os espíritos (não é comum, mas ocorre).
  • Clarividentes: elas vêem os espíritos. Possuem visão além do alcance, então, elas conseguem ver o plano espiritual,
  • Sensibilidade Mediúnica: conseguem perceber os espíritos fisicamente e sensorialmente.

Tem pessoas que sentem até cheiro para ter confirmação dos espíritos, mas isso tudo é comum, é simples, é fácil? Não, não é simples, não é fácil e não é comum.

Mas, se não possuo essas particularidades, como posso ter uma percepção de que as entidades estão falando comigo, que meus guias estão me inspirando?

Escolha racional e emocional

Então, existem mesmo muitas possibilidades de validação, dependendo de cada caso, das características de cada um de nós, mas há algo que é mais infalível, que é mais importante, que é muito simples e que, talvez, de tão simples, traz a sensação de que seja algo desconfiável.

Tem uma maneira de você rezar ao encontro dos guias e rezar lamentando, rezar pedinte, (como eu sofro, como a minha vida é difícil), então quem é você na hora da reza, o lamentador ou aquele que vai ao encontro da sabedoria?

Quando se vai ao encontro da sabedoria, você vai ao encontro da força de Deus mais absoluta, vai ao encontro do melhor que pode acontecer, do que se pode realizar.

Mas quando foca na lamentação (está tudo bem, uma hora os problemas vão passar), você reforça no seu cérebro, na sua mente e memória o viés negativo. E dessa forma as coisas pioram, mas por quê? Porque você entope a sua própria consciência no vício da sua dor e você deixa mais nebulosa a capacidade consciente de encontrar a saída (mesmo que seja ela a voz do seu guia).

Mas como o guia se comunica?

Para falar com você, os guias precisam usar a sua mente, eles precisam entrar no seu pensamento e elaborar uma ideia com seus próprios recursos e para que isso possa ser efetivo, você “precisa preparar o terreno” para que possa perceber.

Se você fecha o seu pensamento, aumentando a imersão na dor, lamentos, problemas ou necessidades (como se Deus não soubesse que eles existem), então você reforça na sua consciência esse mesmo fluxo negativo, criando uma camada muito maior de impedimento àquela ideia, àquele raio de luz espiritual de chegar à sua mente e você falar: “achei uma saída, está aqui uma ideia”.

Mas, além do racional, é preciso aprender e ouvir o coração. Os guias, os Orixás e Deus falam ao coração, e, em momentos de desespero, quando você busca uma saída estritamente racional, é possível que não encontre as respostas que procura. A ajuda pode ser orientada pelo racional, especialmente quando se trata de auxiliar os outros, mas para as questões da própria vida, a comunicação divina se dá através do coração.

Alinhamento espiritual

Com isso em mente, entende-se que existe um alinhamento nas decisões da vida, contanto que cada escolha seja ética e respeite os limites das relações e a realidade da qual você faz parte. Se sua decisão emocional é ética, ela pode muito bem estar sendo inspirada, ainda que muitas vezes esperamos um guia que venha expressamente nos dizer o que fazer.

No entanto, se isso ocorrer, é preciso ter cautela, pois existe uma lei espiritual universal que impede os espíritos de influenciar diretamente nossa realidade. E o que isso realmente significa?

Eles não podem mover as peças para alterar a realidade diretamente, mas podem compartilhar sabedoria, conhecimento e ensinamentos. No final, todas as conclusões e decisões são tomadas por nós mesmos, porque essa é a nossa história e esse é o nosso momento.

Muitas pessoas esperam que os espíritos venham do além para dizer o que devem fazer, qual decisão tomar, o que cabe a elas executar. Jamais deveria um espírito assumir tal responsabilidade. Essa prática fere os princípios básicos de uma lei que organiza as relações existenciais dentro do fluxo evolutivo. Mas, a escolha é sua, em todas as ocasiões, você precisa estar alinhado com a sua essência.

Ouça a voz da alma, a voz de Deus, Orixás e dos Guias, é aquela força interior que pulsa em nós quando nos conectamos com a nossa verdadeira essência, com o verdadeiro sentido de estarmos aqui, o que buscamos para ter uma experiência existencial que faça sentido para que com tudo isso a gente possa existir de uma forma produtiva, com bem-estar e desenvolvimento. Isso significa alinhamento da sua consciência, da sua alma com a sua espiritualidade. 

Quando você fecha bem esse circuito, flui em você a pulsão, o sentimento, é aquele caminho, é aquela decisão que vai trazer felicidade, é o guia falando com você e você pode usar de recursos, acender sua vela, se conectar com o seu Preto Velho, o seu Caboclo, o seu Exu, sua Pombagina, a entidade que você tem mais afinidade, que você busca melhor conexão através dessa chave simples.

Práticas diárias de conexão com os guias

Entenda o seguinte, certifique-se de que nos seus dias você silencia o suficiente para ouvir a sua alma, pode chamar isso de ouvir seu coração. Ouvir seus sentimentos, pode chamar como quiser, é sobre se conectar com a sua alma, certifique-se de que todos os dias, em algum momento do dia, você silencia para ouvir-se e mesmo que para isso você precise recorrer aos seus guias, isso é o que a gente faz, esse é o caminho fácil na Umbanda, é nessa direção que a gente caminha, então o que você quer pedir para os seus guias que não seja lamento, que não seja dores repetidas, mas diante da sua realidade, mesmo que ela seja triste, dolorida, o que você busca?

A resposta vem de dentro de você, não vai vir aqui por fora, não vai vir no seu ouvido de uma forma objetiva (como se estivessem falando com você), então esteja atento aos sinais, porque eles estão falando com você a todo instante, então sinta.

É aí que vem a bênção, que o guia está falando, que o Orixá está manifestado, é um pouco disso quando a gente fala ouça os seus guias, você nunca estará errando quando você estiver verdadeiramente seguindo os seus anseios mais profundos

Assista o Ep.81 do Diário do Médium: Como ouvir seu guia? – com Pai Rodrigo Queiroz

Rodrigo Queiroz

Filósofo, sacerdote de Umbanda, pesquisador da cultura afro-brasileira, fundador da plataforma Umbanda EAD e diretor da Instituição Ubuntu.

Copidesque: Matheus Gobbi

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