Explorando a Umbanda: Um Estudo sobre o desenvolvimento mediúnico 

Esse artigo é a PRIMEIRA PARTE do resumo da Aula 07: “Cinco verdades sobre o desenvolvimento mediúnico” do Evento Teologia de Umbanda com Alexândre Cumino.

Muitas vezes a mediunidade é tratada de forma errônea, como se fosse algo ruim ou que ao não ser desenvolvida poderá fazer com que sua vida ande para trás. E esta é uma ideia com base em crenças populares.

É importante sabermos que a mediunidade é um dom bonito e que não vai prejudicar ninguém em nenhum momento. Contudo, o que faz as pessoas acreditarem e perpetuar esta crença de que ela é ruim é que em momentos da vida, quando passamos por uma dificuldade, o inconsciente começa a “abrir” portas para outra realidade.

Quando você está passando por uma crise, o campo mediúnico abre para que possa receber um amparo. Entretanto, isso não significa que não desenvolver a mediunidade sua vida irá andar para trás, todavia, ao dedicar-se a este dom você terá um recurso a mais para te auxiliar.

E ao longo de todo desenvolvimento, sentirá o axé em sua vida e cada entidade vai lhe ensinar a lidar com suas dores. Por exemplo:

O mesmo ocorre ao entrar para desenvolver a mediunidade e pensar que tudo vai melhorar em sua vida sem mudar a forma que estava pensando e agindo até o momento. Sendo assim, é importante ao entrar para o desenvolvimento mediúnico ou já sendo um médium que dá atendimento, sempre lembrar que você está em processo de aprendizagem e se transformar a cada dia com os saberes que são passados pelas Entidades e Orixás. 

Assim como Alexândre diz: “Não basta apenas incorporar um Caboclo (entidade) e os valores dele. É preciso incorporar a consciência espiritual que a entidade possui”. Ou seja, ao entrar no desenvolvimento mediúnico ou sendo médium que já trabalha, é necessário em que a cada incorporação você aprenda os saberes da entidade e leve eles em sua caminhada da vida.

Durante a live, Alexândre Cumino ensinou a fazermos uma firmeza para nosso guia de frente, para que possamos nos aproximar cada vez mais de seu Axé e criarmos uma conexão. 

Leia também: FIÔ, CÊ É CAVALO! Se eu não desenvolver a mediunidade minha vida vai desandar?

O Guia de Frente é diferente do Orixá de frente. Os Orixás são forças da natureza, divindades de Deus, divindades de uma origem cultural negra Yorubá, que corresponde a uma grande parte da Nigéria, que chamamos de Iorubalândia. Na Umbanda cultuamos os seguintes Orixás: Oxalá, Logunã, Oxumaré, Oxum, Ogum, Obá, Iansã, Xangô, Obaluaê, Nanã, Yemanjá, Omolu, que são espíritos que não encarnaram como nós, do ponto de vista da Teologia da Umbanda. Embora do ponto de vista ancestral tem alguns Orixás que têm origem na ancestralidade africana, como por exemplo, Oxóssi.

Quando um Orixá incorpora em um terreiro, ele não fala e não da consulta, enquanto entidades são espíritos reencarnantes que falam e dão consultas. Conhecidos como: Caboclo e Cabocla; Preto Velho e Preta Velha; Criança; Baiano e Baiana; Boiadeiro e Boiadeira; Marinheiro e Marinheira; Exu e Pombagira. Então quando falamos de guia de frente, estamos falando de uma entidade reencarnante que está sempre à nossa frente para nos acompanhar. A entidade que você tem mais afinidade naquele momento da vida, sendo assim, ela pode mudar.

A firmeza consiste em oferecer uma vela em nome de Deus e oferecer para o seu guia de frente para fortalecer e nutrir a nossa relação.

Materiais Necessários:

  • Uma vela branca (pode ser de 7 dias ou palito)
  • Um copo de água

Cuidados:

  • Não deixe a vela perto de objetos que podem inflamar
  • Não deixe perto de animais
  • Não deixe perto de crianças

Passo a passo

Passo 1:

  • Se você já sabe quem é seu guia de frente direcione a firmeza a ele.
  • Caso contrário, acenda a vela e eleve seu pensamento a Deus e todos os Orixás.

Passo 2:

  • Ao oferecer a firmeza, você nutre e fortalece a conexão com seu guia, pedindo sua instrução, inspiração e orientação para sua vida diária.

Passo 3:

  • Coloque um copo de água ao lado da vela. A água representa nutrição e trabalha as qualidades das emoções.

Passo 4:

  • Para forças do alto: Segure a vela mais alta que sua cabeça, simbolizando a oferta a uma força superior que irá irradiar vibrações positivas sobre você.
  • Para capturar vibrações: Coloque a vela na mesa, abaixe a cabeça e levante as mãos em direção à chama, capturando a vibração superior.

Passo 5:

  • Todo fogo é sagrado. Ao rezar, consagre a chama em devoção a uma força maior, estabelecendo uma conexão triangular entre você, a chama e seu guia.

Passo 6:

  • Dê 7 voltas com a vela ao redor de sua cabeça em sentido anti-horário para descarregar energias negativas.
  • Em seguida, dê 7 voltas no sentido horário para atrair irradiações positivas, segure a vela acima da cabeça para irradiar luz e projetá-la em sua vida.

Passo 7:

  • Firme a vela e ofereça-a ao seu anjo da guarda, guia de frente, Orixá ou entidade, pedindo proteção e amparo.

As 7 voltas representam 7 chakras, os 7 corpos, 7 vibrações e irradiações. 

Assim, você estará realizando uma magia de descarrego e pedindo a proteção e amparo para força que ofereceu a vela.

Esse artigo é a PRIMEIRA PARTE do resumo da Aula 07: “Cinco verdades sobre o desenvolvimento mediúnico” do Evento Teologia de Umbanda com Alexândre Cumino.

Alexândre Cumino

Copidesque: Maria Eduarda Decourt

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