A relação entre os praticantes das religiões afro-indígenas e suas Entidades espirituais é um tema que desperta muitas dúvidas. Uma das perguntas mais comuns é: “Todo mundo tem Exu?”
Considero essa uma capciosa, mas para chegarmos a resposta para essa questão é preciso ter um olhar atento para a ancestralidade e para o caminho de fé que cada pessoa decide trilhar.
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Quem é todo mundo?
Para responder essa questão, antes de mais nada, vamos considerar a perspectiva de alguém que encontrou seu caminho de fé em uma religião afro-indígena, independente de qual seja.
Ao se reconhecer nessas religiões significa que temos uma família espiritual ancestral. Além disso, essa conexão traz consigo a presença de Entidades que guiam e protegem ao longo da vida.
Consequentemente, todo mundo que está dentro desse caminho espiritual, terá a companhia de pelo menos uma Entidade que chamamos de Exu e Pombagira.
Essas entidades não estão apenas presentes para a incorporação durante os rituais, mas cumprem papéis fundamentais, como:
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Nem todo mundo tem Exu?
Assim, a afirmação de que “todo mundo tem Exu” só faz sentido nesse contexto.
Apenas aqueles que caminham das tradições afro-indígenas possuem essa companhia espiritual, independente de se incorporarem, girarem ou entrarem em transe.
Se alguém não possui essa conexão, não há necessidade nem utilidade para essa companhia espiritual.
Afinal, Exu e Pombagira atuam dentro de um contexto religioso específico, e sua presença está diretamente ligada ao compromisso espiritual de cada praticante.
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Você se relaciona com o seu Exu?
Mais importante do que saber se Exu está presente é entender como se relacionar com ele.
Muitos acreditam que precisam descobrir o nome de seu Exu para estabelecer uma conexão, mas a verdade é que ele já sabe quem você é.
O que realmente importa, portanto, é aprender como fortalecer esse relacionamento, desenvolvendo respeito, confiança e sintonia espiritual.
Dessa forma, esse caminho pode proporcionar um crescimento profundo e uma vivência mais equilibrada, guiada pela sabedoria ancestral dos Guardiões.
E você? Como tem cultivado sua relação com Exu?
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