Neste dia, no ano de 1960 (há 57 anos apenas!!), cerca de 20.000 pessoas realizavam um protesto pacífico na cidade de Joanesburgo, África do Sul. O motivo da manifestação era a revolta da população contra a lei que impunha, que cidadãos negros fossem obrigados a carregar um cartão que continha a descrição dos lugares ao qual eram permitido-os a frequentar.
A Lei do Passe como era conhecida, fez parte do apartheid – regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 na África do Sul. Durante o período em que o regime vigorou, os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado por uma minoria branca.
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A forma de política nacional do apartheid trouxe com ela a violência, opressão e privação da cidadania da população negra no país, e é nesse contexto que acontece em 21 de Março de 1960 o Massacre de Sharpeville. O protesto contra a Lei do Passe descrito no início culminou no assassinato de mais de 69 manifestantes e cerca de 180 feridos.
A brutalidade dos fatos – abrir fogo contra uma manifestação pacífica de uma multidão desarmada – fez com que a opinião pública começasse a enxergar com mais importância o caos vivido no regime vigorante.
Em 1969, a ONU – Organização das Nações Unidas implementa então o 21 de Março como Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.
Texto: Júlia Pereira
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Imagem: Retirada da internet