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Como identificar e lidar com Obsessão Espiritual

Como identificar um obsessor

A obsessão espiritual é um tema que gera muitas perguntas e receios. Muitas pessoas temem a influência de espíritos negativos em suas vidas. Neste artigo, vamos abordar como identificar um obsessor e entender os motivos pelos quais essa situação ocorre.

A obsessão pode ser resultado de questões emocionais e traumas que criam vulnerabilidades energéticas, atraindo espíritos negativos. No entanto, afastar o obsessor não é suficiente. É importante entender a causa da vulnerabilidade e buscar apoio de médiuns e sacerdotes experientes.

Entendendo as conexões energéticas

No mundo espiritual, as conexões acontecem por afinidade energética. Espíritos se conectam a nós através das energias que emitimos. Se estamos vibrando em uma frequência negativa, atraímos espíritos que estão na mesma frequência.

O espiritismo fala sobre frequência, que pode ser comparada às ondas sonoras. Assim como no rádio, onde mudamos a frequência para encontrar diferentes estações, no mundo espiritual, mudamos nossa frequência energética e atraímos diferentes tipos de espíritos.

A saúde espiritual do lar

A saúde espiritual da nossa casa é fundamental. O ambiente em que vivemos tem uma saúde espiritual própria, que pode ser influenciada pelas pessoas que nele habitam. Se você mora sozinho, há uma simbiose natural entre você e seu lar. Se divide a casa com outras pessoas, a saúde espiritual do ambiente é definida pelo conjunto das energias de todos os moradores.

É comum ver pessoas atribuindo problemas cotidianos a influências espirituais negativas. No entanto, é importante entender que nem tudo é culpa de uma demanda espiritual. Devemos ser cautelosos ao identificar a real causa dos nossos problemas.

Responsabilidade pessoal na obsessão

Quando uma entidade espiritual nos alerta sobre a presença de um obsessor, isso diz mais sobre nós do que sobre o próprio espírito. A responsabilidade é nossa, mesmo que não estejamos cientes disso. O obsessor é um hóspede convidado, mas indesejado, pois ele se conecta com nossa frequência energética.

Se estamos sendo obsediados, é porque criamos as condições para isso. Precisamos entender que nossos comportamentos e emoções atraem esses espíritos.

Identificando a Presença de um Obsessor

Para identificar a presença de um obsessor, é necessário ter um nível elevado de autoconhecimento. Mudanças súbitas de comportamento, pensamentos negativos constantes e conflitos frequentes podem ser sinais de obsessão.

Se você está constantemente em uma vibração negativa e auto-depreciativa, é possível que esteja atraindo obsessores. É importante refletir sobre seus comportamentos e emoções para identificar o que está criando essa realidade.

Crianças e obsessores

Crianças dificilmente são alvo de obsessores, a menos que estejam emocionalmente desestabilizadas. No entanto, elas podem acumular energia desorganizada, o que não é o mesmo que estar obsediada. É importante diferenciar entre obsessão e carga energética.

Se uma criança está sendo alvo de magia ou feitiço, a situação é diferente e deve ser investigada. Nesse caso, não estamos falando de obsessão, mas de demanda espiritual.

Depressão e obsessão

Depressão é um assunto sério e muitas vezes confundido com obsessão espiritual. Embora a depressão possa atrair obsessores, ela não é resolvida apenas com tratamento espiritual. É necessário buscar ajuda médica e psicológica.

Se uma pessoa com depressão está sendo obsediada, é preciso tratar ambos os aspectos: o espiritual e o emocional. A cura deve ser abrangente, envolvendo o corpo espiritual, energético, emocional e mental.

Processo de cura

Para curar-se de uma obsessão, é necessário um processo de conscientização e mudança de comportamento. Banhos de ervas e defumações são ferramentas auxiliares, mas não resolvem o problema sozinhas. A cura envolve também o ambiente em que vivemos.

Se o lar está espiritualmente adoecido, é preciso purificá-lo e reorganizar suas energias. A cura é um processo contínuo que requer atenção e dedicação.

Em casos mais sérios, é fundamental buscar orientação adequada com médiuns ou profissionais capacitados para lidar com a situação de forma efetiva.

Minha experiência pessoal

Eu fui obsediado durante oito meses por um Kiumba que se passava por Exu, uma situação que me marcou profundamente e me trouxe um profundo trauma mediúnico. Na época, eu não tinha o conhecimento e entendimento que tenho hoje, e isso me levou a flertar com desvios e fragilidades espirituais. Eu estava em um ambiente tóxico e vulnerável, o que facilitou a influência desse obsessor em minha vida.

Apesar de ter sido uma experiência dolorosa, reconheço que a responsabilidade foi minha, pois algo em mim estava dando motivo para isso acontecer. A falta de simplicidade, humildade e foco no espiritual na prática mediúnica contribuiu para essa vulnerabilidade, algo que hoje, como sacerdote, me esforço para prevenir nos médiuns que acompanho.

Hoje, após me curar dessa experiência, entendo que não foi uma questão de meus guias permitirem que eu passasse por isso para ter uma experiência. Pelo contrário, eles assistiram a minha vulnerabilidade e intervieram quando puderam. Essa experiência foi uma lição que me motivou a cuidar para que outros não vivam o que vivi, mas também me ensinou a não buscar explicações místicas demais para infortúnios, e sim assumir a responsabilidade e aprender com eles.

Identificar um obsessor e curar-se de uma obsessão espiritual é um processo complexo que envolve autoconhecimento, mudança de comportamento e purificação do ambiente. Para uma cura eficaz, é essencial buscar o apoio de médiuns e sacerdotes experientes que possam guiar esse processo. Lembre-se de que a cura é possível através do conhecimento, da mudança de comportamento e das orientações de um sacerdote experiente.

Assista o Ep. 427 do Diário do Médium para aprender mais sobre os Espíritos Obsessores:


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Rodrigo Queiroz

Filósofo, sacerdote de Umbanda, pesquisador da cultura afro-brasileira, fundador da plataforma Umbanda EAD e diretor da Instituição Ubuntu.

Copidesque: Matheus Gobbi

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