CASO
O Ylê Axé Oyá Bagan, localizado na região do Lago Norte em Brasília, foi incendiado na madrugada do dia 27 de Novembro de 2015. A instituição que possui 15 anos de existência foi totalmente destruída pelo fogo. Imagens e estrutura viraram cinzas diante da violência com que o fogo se alastrou.
Em 2015 foram noticiados mais de 10 ataques a templos de religiões de matriz africana em cidades do Distrito Federal. Em publicação do facebook o terreiro anunciou luto pelo acontecido e se pronunciou dizendo “O que eles não sabem é que isso só fortalece a nossa fé e nos dá garra para lutar pelo que faz parte não só do candomblé, mas da história do nosso povo. Respeite a nossa fé! Respeite a nossa história! Respeite o nosso povo!”.
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REINAUGURAÇÃO
Após um período de 10 meses fechado o Ylê Axé Oyá Bagan reinaugurou na noite dessa quarta-feira (05/10) os trabalhos da comunidade. A reforma que custou R$ 80mil e foi viabilizada por meio de doações e arrecadações das festas promovidas pelo terreiro.
Em entrevista ao G1 Adna Santos, conhecida como Mãe Baiana declara que ela e família de santo levantaram tudo de novo “erguemos do chão”. Mas, ela também explica que antes o Ilê era completo, hoje, algumas coisas ainda estão faltando.”Hoje não temos prato, talher, copo. Por enquanto, vai ser tudo com prato descartável.”
Na solenidade esteve presente o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Ricardo Vale. Em publicação Ricardo escreveu, “toda força e proteção do mundo para o seu Axé.” Ele também faz um pedido a DF, para que o lugar se torne “mais tolerante e respeitoso a todas as religiões e credos”.
Texto: Júlia Pereira
Imagens: Divulgação Facebook