Okê Caboclos!
Não tem como falar de Caboclos dentro do contexto umbandista, sem rememorar o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Isso ocorre pois é por meio dele, que se deu anunciação do surgimento de uma nova religião.
É por meio da manifestação do espírito que se identificava como índio brasileiro, que nasce a Umbanda.
Todo Caboclo foi índio?
Nem sempre. Os Caboclos são entendidos como um grau na hierarquia evolutiva. Manifestam em si um mistério da Umbanda. Os espíritos presentes na Linha de Caboclos, podem proceder de diversas manifestações religiosas e culturais. Por isso, são eles espíritos de diferentes raças e povos.
Com o passar do tempo diversos povos, foram vendo suas religiões se perderem, esses, encontraram na Umbanda uma forma de trabalhar.
Nossa essência e espírito não têm cor, nem raça. Muitos podem entender o que isso quer dizer, mas viver assim só é possível para aqueles que já se desapegaram da matéria e de sua individualidade, não vivem ou trabalham apenas pra si e sim para o todo.
Alexandre Cumino
Portanto, os caboclos são as entidades que trabalham no grau caboclo. Suas falanges são regido/sustentadas pelo Orixá Oxóssi.
À falanges, leia-se agrupamentos de espíritos que partilham objetivos a fins em suas funções.
Essas falanges, podem receber vibração de vários Orixás e isso explica a etimologia dos nomes de alguns espíritos, como por exemplo Caboclo Pena Branca. que Regência de Oxóssi e Oxalá. Esse é um entendimento a se debruçar, à qual o estudo Nomes das Entidades se aprofunda.
Esse espírito pode trabalhar dentro do grau hierárquico dos Caboclos, recebendo a regência de Oxóssi sob a vibração da falange de Oxalá.
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Grau
O grau acomoda falanges de espíritos que incorporam e que não incorporam. Independente disso, todas elas são compostas por espíritos evoluídos que reconhecem no arquétipo do homem da natureza uma maneira de exercer seu trabalho e se manifestar nos terreiros de Umbanda.
Isso também pode estar relacionado com alguma veia ancestral de outras vidas. No geral, o grau acolhe a todos que se identifiquem com essa manifestação.
É com nossos Caboclos que voltamos à atenção e temos a oportunidade de dentro do terreiro, um espaço urbano, comungar de nossas raízes e sentir a presença da vida das matas.
Os Caboclos são a maior homenagem da Umbanda aos povos dessa terra e aos donos desse chão, que tanto nos ensinaram e ainda nos ensinam.
Okê Caboclos!
Nossos respeitos aos povos indígenas!
Texto:
Júlia Pereira
Imagem:
Sebastião Salgado (acesso em: Pinterest)
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