Por que ainda existe tanta associação negativa a Umbanda?

Ter, 26 de Abril, 2016

Não é de hoje que vemos crimes hediondos estampando as manchetes dos jornais e os relacionando a Umbanda e as religiões de matriz afro em geral. Hoje o blog Umbanda EAD irá tratar um pouco sobre esse assunto dando enfoque para a perspectiva umbandista do tema.

Bom, para quem é adepto dessa fé e tem o mínimo de conhecimento sobre a religião sabe que o que se vive dentro de um terreiro não comunga em hipótese alguma com nada que possa violar os direitos fundamentais do homem, portanto nada que exceda as leis vigentes do país está de acordo com a prática umbandista e isso por si só já exclui do campo da Umbanda qualquer ato que atente contra a vida e os direitos das pessoas.

Sendo isso uma realidade vivida por todos os adeptos da religião, por que as menções a Umbanda são frequentemente associadas a episódios de violência?

Propaganda negativa nas mídias

Uma das razões de vermos tantos conteúdos (como o da matéria abaixo) é a forma como a grande mídia trata essas religiões em seu noticiário. O que acontece na maioria das vezes é a troca do esclarecimento sobre do que realmente se prega dentro dessas confissões pela propagação de informações de cunho negativo associando a religião como um todo.

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Todos nós temos a capacidade de entender que um padre que pratica atos ilícitos não pode falar pela sua instituição ou comunidade religiosa, correto? E assim se segue, nem um pastor, nem um babalaô e nem nenhum sacerdote de qualquer que seja a frente religiosa em questão.

Infelizmente essa ótica não é levada em conta quando se trata de noticiar assuntos que envolvem pessoas que cometeram algum tipo de crime e atribuem o seu desvio de conduta a uma determinada prática religiosa de matriz afro.

Em torno dessas religiões acabam se propagando mistificações e julgamentos errôneos do que elas realmente representam. Um exemplo claro dessa reprodução de pensamento é a intolerância promovida por representantes religiosos contra e sobretudo a Umbanda e o Candomblé.

A intolerância religiosa “justificada”

No livro de Edir Macedo (fundador da Igreja Universal do Reino de Deus), Orixás, Caboclos e Guias – Deuses ou Demônios? observa-se um capítulo que descreve perfeitamente a situação da intolerância religiosa que é justificada pelo argumento de que atos de extrema violência são praticados em nome dessas religiões.

A exemplo disso destacamos o trecho “Uma ex-mãe-de-santo confidenciou-me também que trabalhou em um terreiro em Recife, onde compravam crianças recém-nascidas para sacrifícios nos cemitérios ou encruzilhadas.”

Esse tipo de barbárie são associados a Umbanda constantemente por entre os meios, e a força disso vemos no número de exemplares vendidos de um livro que descreve o sincretismo religioso que originou a Umbanda como uma “mistura diabólica”. Orixás, Caboclos e Guias – Deuses ou Demônios? vendeu mais de 3 milhões de exemplares e hoje é considerado um best-seller.

Código de Ética

Na Umbanda diferente do que se encontra em outras religiões não existe um conjunto de dogmas que classifiquem o que é certo ou o que é errado. Isso não quer dizer que cada terreiro não possa constituir a suas “regras”, porém nenhuma delas irá valer por todas as manifestações de Umbanda existentes, pois cada terreiro é único em sua forma de ser. Para entender mais sobre esse assunto – que também transita por entre o que foi dito ao longo do texto – assista abaixo o vídeo “Ética na Umbanda” de Pai Rodrigo Queiroz >>

Bom, esse tema envolve muitos outros fatores e é claro que não pode se limitar ao que foi levantado aqui, não temos essa intenção. O que foi proposto é a necessidade de tratar isso com a nossa comunidade e sociedade em geral.

A divulgação e o estudo da religião é um dos caminhos para a quebra de preconceito e a base para o conhecimento. Precisamos levar isso em conta e cobrar sempre o respeito pertinente a toda manifestação religiosa.

Texto: Júlia Pereira

Imagem: Reprodução/Facebook

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Julia Pereira

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