O composto de ervas aromáticas não só deixa o ambiente com um cheiro agradável mas, também possui forte ação terapêutica, energética e espiritual
Quem criou o incenso?
Bom, para descobrirmos a origem do incenso precisamos voltar no tempo e se desvincular de datas pois o surgimento da prática de queimar ervas aromáticas são tão antigas que remetem a épocas imemoriais.
Alguns estudos relatam que o homem ao acender as fogueiras percebiam que a fumaça subia tão alto que alcançava o céu. Com esta percepção começaram a queimar plantas aromáticas a fim de que o cheiro agradável pudesse chegar a casa dos Deuses, ao qual acreditavam ser nas alturas.
Mas, como foi descoberto que queimar determinadas plantas produzia aromas?
Acredita-se que antes mesmo da descoberta do fogo pelo homem, incêndios espontâneos propiciaram a descoberta do que seria a primeira evidência do incenso. Quando esses incêndios ocorriam, algumas espécies de árvores afetadas exalavam um cheiro muito agradável. A partir disso o homem começou a associar a queima de certas plantas e madeiras ao perfume, que traduzindo para o latim significa através do fumo (per= através, fumus= fumo).
A afeição pelo uso do incenso perpassa o gosto pelo aroma exalado em sua queima, e começa trazer valores simbólicos. Acreditava-se que a pessoa que espalhasse a resina das ervas aromáticas sobre o carvão estava afastando os males advindos de influências negativas, do ambiente. Aliado a isso também considerava-se a sensação de purificação e limpeza que algumas ervas traziam.
O uso do incenso ficou cada vez mais forte, porém, o costume de incinerar plantas e madeiras sempre foi algo de grande valor, tratado com muito respeito por diversas culturas. Tendo assim, momentos, datas e divindades certas para se oferta-lo.
Uso do incenso na Umbanda
Foi dos egípcios a primeira evidência de registro da fabricação e manuseio de incenso. Através de seus registros grafados em papiro concedem o desvelar dessa ciência para as populações que os precederam. E foi assim que ele chegou até o nosso conhecimento.
O incenso não escolhe religião a qual se agregar, esta presente em diversas manifestações, convertendo-se até em sinônimo de oração. Na Umbanda não é diferente, tem como objetivo afastar maus pensamentos, miasmas e energias negativas.
Seu uso esta relacionado a erva de poder do Orixá ou divindade que pretende-se trabalhar. Por exemplo, a Oxum normalmente assimila-se o uso da erva cidreira, camomila e calêndula. Esta mesma conexão pode ser feita com os aromas, utilizando um incenso que corresponda a erva de poder do Orixá em que vai ser ofertado. Mas, isso pode variar de tradição para tradição.
Em geral, o incenso purifica e promove limpeza e bem estar a ambientes e pessoas. Conheça alguns deles no site do www.terramystica.com.br
Texto: Júlia Pereira