O estudo
A plataforma Umbanda EAD abriu nessa semana as inscrições para o estudo sobre Entidades de Umbanda e esse conteúdo em especial tem uma história muito peculiar, que nós vamos contar pra vocês hoje!
Entidades de Umbanda é hoje o maior conteúdo focado nas Linhas de Trabalho de espíritos,que atuam na religião de Umbanda, existente no formato on-line. Nesse estudo as pessoas são convidadas a explorar as mais genuínas e pulsantes expressões da Umbanda vividas no ambiente de terreiro.
Dentro dessas nuances, o aluno consegue experienciar o universo de vibrações e vida que é o relacionamento com os Guias e Mestres presentes no Rito Umbandista.
De Caboclo à Pombagira, a história de cada um deles narram, nada obstante, também o enredo das nossas.
Como nasceu?
Quem conta a origem desse estudo é o sacerdote do Instituto Cultural Aruanda e médium ativo a mais de 20 anos, Pai Rodrigo Queiroz.
No ano de 2007, Pai Rodrigo começa a receber semanalmente a visita de uma entidade e em cada uma dessas visitas quem vinha era um guia que o ampara naquela linha de trabalho específica.
Por isso, as presenças eram as mais variadas, começando por Sr. Caboclo Tupinambá – que também é guia chefe do ICA, casa fundada por Pai Rodrigo Queiroz e ao qual ele mantém a diligencia dos trabalhos – até a Sr. Maria Padilha.
Toda vez que um desses mestres chegavam para “prosear” Rodrigo transcrevia e reunia o conhecimento trazido por cada um com suas histórias, em textos e mais textos, alguns desses publicados no seu Blog (acesso em: rodrigoqueiroz.blog.br).
Ps: os diálogos originais fazem parte do material extra do estudo de Entidades e estará disponível para toda a turma.
Segundo o Sacerdote, o que eles pretendiam com aquelas colocações eram trazer uma nova reflexão munida de orientações para o relacionamento com as entidades que trabalham na Umbanda, para todos os seus adeptos. Ele conta que uma dessas orientações é o ponto riscado universal, que qualquer pessoa pode fazer (não precisa ser iniciado nessa magia) e serve para o trabalho com as firmezas, assentamentos e oferendas aos guias.
Senhor Tupinambá, chegou e me pediu.. falou: “Olha, agora reúne esse material de estudo, começa a ensinar as pessoas, começa a transmitir, falar mais profundamente porque um texto é muito pouco pra se tratar do assunto”.
Após essa orientação Pai Rodrigo se deparou na época, com os novos lançamentos literários de Rubens Saraceni onde um dos títulos falava sobre os Arquétipos da Umbanda, no livro é possível ler sobre muito do que é falado no estudo sobre Entidades, ou seja, em um mesmo momento dois conteúdos com basicamente o mesmo teor foram revelados pelos Guias.
Na época eu até conversei com o Pai Rubens e falei: “Pai Rubens, eu estava com material como esse também, está aqui na minha mão e eu gostaria de ministrar um estudo e usar o nome desse livro o Arquétipos da Umbanda, tudo bem?” e ele achou um máximo e disse: “É ótimo Rodrigo, assim já divulga o livro”!
No ano passado o estudo da Umbanda EAD ‘Arquétipos da Umbanda‘ foi renomeado para ‘Entidades de Umbanda‘ (clique aqui e conheça). Entidades começa a ser oferecido no formato presencial e mais tarde Pai Rodrigo Queiroz decide reformular o estudo para a versão on-line, originando um conteúdo de mais de 16 horas de videoaulas.
Desde 2007 ele já foi regravado 3 vezes e em cada uma delas mais pesquisas foram agregadas ao seu recheio, assim como, a forma como ele é transmitido.
O objetivo de Entidades de Umbanda é “despertar ao adepto um olhar da religião de uma forma mais global, entender os símbolos da religião de uma forma maior, além do seu terreiro”.
E para entender mais sobre essa afirmação Pai Rodrigo Queiroz finaliza esclarecendo o que ele percebe, sobre as diversidades que se tem sobre essa temática dentro da religião:
“A Umbanda é múltipla e plural, na mesma quantidade de terreiro que existe, ou seja, cada terreiro é uma Umbanda e isso também é uma verdade e é uma beleza dentro da religião. Mas, o Caboclo é sempre Caboclo, Caboclo é a essência, entretanto a forma como ele trabalha no terreiro irá ser particular. O Preto Velho é essência, é arquétipo, é fundamento, agora como ele trabalha no seu terreiro e como ele trabalha no meu terreiro são particularidades, são individualidades, são formas da Umbanda se manifestar. Então, o que nós precisamos entender é que como diz o ponto ‘A Umbanda tem fundamento é preciso preparar…’ ele diz sobre a necessidade de se estudar, de se conhecer. E quando eu conheço o fundamento, a essência e o que está por trás do símbolo do Caboclo, eu entendo a minha religião e consigo entrar em qualquer terreiro independente da sua particularidade, do seu jeito particular, individual de se relacionar com os Orixás e fazer o seu trabalho. Eu consigo me relacionar com a essência, identificar o que é essência e o que é individualidade. E assim começa-se a dar fim aos conflitos. Quando uma pessoa está com sede, do que ela precisa? De água. E se é sede de verdade ela precisa só de água, não importa se o copo é de cristal, é de vidro, é de metal ou se vai pegar com a mão, fazer aqui conchinha e tomar água porque se a pessoa tiver que escolher o recipiente por onde ela vai tomar água, então ela não está preocupada em matar a sede, ela está preocupada com a forma. Umbanda é como a água, é uma essência que se molda em cada recipiente, os recipientes são os terreiros.”
Texto:
Júlia Pereira
Imagem:
Pedro Belluomini
Retirada da internet (acesso)
