Em São Paulo a data é comemorada desde a promulgação da Lei 14.952/2009 que propõe celebrar a diversidade cultural do nordeste.
A celebração foi criada no centenário de nascimento do poeta, compositor e cantor cearense Patativa do Assaré. Antônio Gonçalves da Silva, recebeu o pseudônimo Patativa quando o público começou a conhecer suas poesias. As pessoas gostavam tanto da leitura que passaram a comparar a harmonia de suas palavras com o canto da ave patativa.
Uma das grandes figuras da música nordestina do séc XX nasceu em família humilde, vivia da agricultura de subsistência e trabalhou na roça desde os oito anos de idade. Entre suas obras está Inspiração Nordestina, lançado em 1956 que é um copilado de poesias do autor.
“Eu sou filho do Nordeste , não nego meu naturá
Mas uma seca medonha me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu gadinho, num é bom nem imaginar,
Minha linda Vaca Estrela e o meu belo Boi Fubá
Quando era de tardezinha eu começava a aboiar”
Trecho poesia Vaca Estrela e Boi Fubá – Patativa do Assaré
Quando o assunto é o povo nordestino o que não falta são as diversas manifestações culturais dessa região do país. Você já deve ter lido, escutado ou assistido algo sobre Maria Bonita e Lampião. Pois bem, em Maio de 2015 foi lançado o documentário “Os últimos Cangaceiros” que contou a história do casal Durvinha e Moreno, considerados os últimos cangaceiros vivos.
Moreno, integrou o grupo de homens que seguiam Virgulino Ferreira, o Lampião, durante suas jornadas na vida de cangaço. O filme é do cineasta cearense Wolney Oliveira, que tem obtido grande destaque no cenário do cinema nacional e internacional.
Povo Nordestino na Umbanda
A Umbanda também reconhece o valor da cultura nordestina, tendo até representações desse segmento em algumas linhas de trabalho. Esses arquétipos geralmente usam roupas, linguagem e gestos que fazem menção a cultura nordestina. São espíritos alegres, extrovertidos, conquistam a amizade das pessoas, normalmente se apresentam como sertanejos da caatinga e são fortes combatentes de demanda.
Estão sempre em alerta vigiando e protegendo os locais de trabalho espiritual. As contribuições do nordestino estão na música, no aprendizado, na crença, na comida e em tudo o que abarca a cultura do povo brasileiro.
Salve a Linha dos Baianos! Salve os Boiadeiros! Salve o Povo Nordestino!
Texto:
Júlia Pereira
Imagem:
Pedro Belluomini