Para quem se encontra no Rio de Janeiro neste final de semana, no domingo (20) acontece a 8º Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na Orla de Copacana. A mobilização faz parte do conjunto de iniciativas da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa CCIR e surge afim de validar o respeito as diferentes formas de religião existentes em solo brasileiro.
Contexto
Inaugurada em 2008, a iniciativa desse ano tem como slogan: Caminhando a gente se entende. Eu tenho fé. A primeira caminhada surgiu em resposta aos extremos atos de intolerância ocorridos por todo território nacional. Essas ocorrências, expõe ainda a gravidade dos pré conceitos advindos de vários fatores, com o racismo sendo o mais gritante. Esse tipo de discriminação observa-se intrínseco na sociedade brasileira, visto que, a aversão se dá, em especial, a religiões de matriz africana. O africano Nagô, Jeje, Iorubá dentre outras divisões étnicas que vieram para o Brasil, – em situação de escravidão – e trouxeram parte de suas raízes africanas; comida, arte, fé e toda a sua bagagem cultural.
Séculos de história nos separam do período de escravatura, é passado a hora de desmistificar o contexto atribuídos a esses cultos. No passado, em uma época em que a eugenia se fazia prevalente, a lei era de repugnância a tudo que derivasse do povo negro. Porém, hoje a sociedade vive a africanidade e deve muito a ela, não só em cultura mas, no todo que esse povo contribuiu para o crescimento do país. Parte do Brasil foi construído pelo suor do negro, e em pagamento foi derramado seu sangue.
Caminhando a gente se entende. Eu tenho fé.
A caminhada, é o único movimento cultural popular de massa, com o intuito de unir diversos credos, afim de promover a liberdade religiosa. Em diversas partes do mundo se discutem sobre crenças, e confrontos são travados.Hasteada a bandeira da pacificação e de respeito é possível que essas campanhas tomem as fronteiras, e ultrapasse-as. No Brasil casas de culto são destruídas, religiosos atacados e para que o governo tome partido disso e intensifique políticas públicas eficazes, a população precisa se levantar e discursar a uma só voz.
Iniciando as 11 horas da manhã na Avenida Atlântica, com concentração entre o posto 5 e 6, tem como destino a Praça do Lido. O site da CCIR dispõe algumas orientações como local de estacionamento, horários de ônibus e recomendações.
Acesse www.cci.org.br e saiba mais!
Clique no link e assista o vídeo de divulgação: EU VISTO BRANCO. SOU DA PAZ. E VOCÊ?
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Texto: Júlia Pereira