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Magia Natural: O poder realizador das ervas

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Dificilmente encontraremos uma religião que não tenha algum tipo de ritual envolvendo o uso de ervas – desde uma defumação com incenso durante a missa aos amacis da Umbanda, passando pelas diversas vertentes que utilizam a ayahuasca (bebida obtida do cipó mariri e das folhas da chacrona) como base. Além disso, é inevitável que, ao falar sobre uso ritualístico de ervas, sejamos remetidos imediatamente ao universo místico das benzedeiras e das bruxas.

“Mas se o uso da erva fosse exclusividade de alguma religião, cresceria somente no quintal do religioso”, rebate Adriano Camargo, conhecido como Erveiro. O Erveiro é sacerdote Umbandista mas defende que todos podemos nos servir destas maravilhas da natureza. É o que ele chama de magia natural. “O poder realizador das ervas está ao alcance de todos, basta um pouquinho de amor, bom-senso e conhecimento. Somos a geração da consciência e já não somos movidos apenas pelo temor a forças ocultas que impõem o que fazer ou não fazer”, explica.

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Vamos entender a energia presente na vibração da erva?

As ervas são organismos vivos, ou seja, existe uma vida espiritual relativa contida na erva. É a presença da Imanência Divina, ou o espírito vivo emanado de Deus que anima a tudo. E esse espírito vivo contém características energéticas definidas pela vibração que causa ao seu externo. “Em contato com outros organismos vivos, as ervas tendem a passar essa vibração, como que contagiando os organismos à sua volta. Chamamos isso de magnetismo, uma definição ‘emprestada’ da física clássica”, afirma Adriano Camargo.

Na década de 60 e 70, Peter Tompkins e Christopher Bird, dois cientistas americanos registraram com um polígrafo uma série de reações das ervas em relação a estímulos externos. Por exemplo, as ervas reagem com medo quando submetidas a stress ou perigo iminente e com tranquilidade ao som de música instrumental. O objetivo do experimento era descobrir se as plantas possuem algum tipo de emoção e se são capazes de perceber as emoções dos outros. O resultado está num livro chamado “A Vida Secreta das Plantas”, que anunciou o chamado efeito Backster ou Percepção Primária.

Para o Erveiro, a descoberta dos dois cientistas só comprovou o que nossos índios já sabiam há muito tempo: “A força vegetal, ou o espírito vegetal, essa essência energética contida em cada espécie vegetal, em cada erva, carrega em si fatores muito específicos”.

Limpeza de energias negativas, dissolvedores de miasmas astrais, cortadores de projeções magnéticas negativas (olho-gordo, inveja) e magias e feitiçarias são apenas alguns desses fatores. Equilibradores do astral, energizadores, calmantes para o espírito agitado, direcionadores, ou mesmo fatores mais específicos como propiciadores de prosperidade, estimulantes e, principalmente fatores curadores são simplesmente uma pequena parte e amostra do poder da erva.

Há mais de 20 anos, Adriano Camargo tem sua atenção voltada ao trabalho com as ervas e vem se aprimorando continuamente com muito estudo, pesquisa e, principalmente, prática. “O dom de entender e reconhecer as reações das plantas é muito mais comum do que imaginamos. E se você acha que não tem ‘mão boa’ para isso, eu digo: pratique! Quando menos esperar, estará em contato com um mundo fantástico, disposto a lhe ensinar todo o conteúdo armazenado por milhares de anos de existência”, afirma. 

Quer praticar?

Lave as mãos em água fria, com sabão, enxágue bem e, sem tocar em nada, espalme suas mãos sobre as folhas de uma planta. Relaxe, solte os ombros, os braços, afrouxe os músculos… Respire fundo pelo menos umas três vezes. Então, feche os olhos e sinta a erva, sinta sua aura, sua vibração. “Não desista se não sentir nada na primeira vez. A persistência fará com que dia-a-dia sua sensibilidade aumente”, explica ele.

DICA: Assista esse Vídeo de Ervas para descarrego com Pai Adriano Camargo :

https://www.youtube.com/watch?v=llyn-zgsQg4

Magia é transformação!

Se você já preparou um simples chá de ervas, já participou de um ato de magia. E se esse preparo seguiu um critério, então também foi um ritual. Simples assim!

“Os magos modernos não usam mais chapéus pontiagudos. São pessoas comuns que entenderam o sentido da simplicidade e tiram daí grandes benefícios para si e para os semelhantes”, explica o Erveiro. “Mas vale lembrar que simplicidade não é simplismo, o respeito ao elemento é imprescindível.”

Ninguém usa magia para continuar como está. Nos servimos de magia para mudarmos o estado de algo ou alguém, espiritual e fisicamente falando. Mas essa tal força transformadora precisa de um elemento e de uma ativação. Ou seja, é necessário um fato gerador desencadeado por uma inteligência para que todo o poder realizador dessa magia seja colocado em ação. E essa inteligência, caro leitor, é você!

No caso da magia natural, são as ervas que vão desencadear as transformações que você vai determinar por meio da ativação. É você quem pode ativar o poder das ervas para transformar um estado de doença em saúde; uma casa em desarmonia para um lar em equilíbrio; uma situação de descrença e falta de fé para um caminho de luz e realização, etc.

Como?

O Erveiro sugere um ritual simples para limpeza, energização e equilíbrio, utilizando o banho.

No primeiro dia, escolha até sete ervas entre as seguintes ervas que tem como atributo a limpeza energética: Arruda, Guiné, Quebra-Demanda, Espadas de São Jorge e Santa Bárbara, Pinhão Roxo, Casca de Alho, Casca de Cebola, Fumo (de corda ou folha), Erva de Bicho, Aroeira e Dandá. 

Prepare um banho, como se prepara um chá – água fervendo, desliga, coloca as ervas, abafa e deixa descansar. Na hora do banho, coe a água e se banhe com esse preparo da cabeça aos pés. “Quem é praticante de alguma religião que tenha determinações sobre o banho de ervas na cabeça, deve seguir as orientações do seu dirigente. Caso contrário, o banho vai sim na cabeça”, ressalta Adriano.

No segundo dia, escolha também até sete ervas entre: Manjericão, Boldo, Alecrim, Alfazema, Hortelã, Calêndula, Abre Caminho, Samambaias e todas as flores de pétalas clara. Todas estas são ervas de equilíbrio e energização.

Mas você deve estar se perguntando onde entra Magia nisso tudo. Pois bem, a chave é uma reza simples:

“Eu saúdo, reverencio e evoco respeitosamente a Deus Pai Criador, à Sagrada Mãe Natureza, aos Vossos Poderes Divinos e Vossas Forças Naturais, e peço que ativem esse banho para o meu benefício e tornando-o força viva e ativa para… (completar com as determinações), … assim seja, e assim será. Amém!”

“Repare, que independe da sua religião ou de que você acredita, as forças evocadas são as mesmas porque não nomeamos especificamente ninguém”, explica o Erveiro. “Além disso, complete com determinações do seu coração. Peça limpeza, cura, equilíbrio, harmonia, foco e o que mais você quiser.”

A mesma evocação vale para qualquer uso da erva: banhos, benzimentos, defumações (mesmo com incenso) e até aquele vaso de planta que você coloca em casa.

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Texto: Renata Vedovato, Comunicação O Erveiro

Fonte: Palestras e Estudos Pai Adriano Camargo – O Erveiro da Jurema

Júlia Pereira

Acredito no poder da sabedoria ancestral da contação de histórias, como forma de cura, acolhimento e força. • Jornalista • Estrategista e Copywriter • Pós-graduada em Marketing, Branding e Growth • Estudante da EAD Ubuntu.

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