Espetáculo de dança homenageia Exu em “Gira”

Em entrevista o coreógrafo afirma “Conversei com o Tranca-Ruas, que ficou feliz ao saber que será homenageado”.

Na nova temporada de apresentações do Grupo Corpo os palcos se enchem de Axé para receber a coreografia de Rodrigo Pederneiras, que embalada pela trilha musical de Metá Metá – trio composto por Juçara Marçal (voz) e os músicos Thiago França (sax) e Kiko Dinucci (guitarrista), traz para a cena a releitura artística de uma Gira de Umbanda e Candomblé.

Como protagonista do espetáculo?… nossos Guardiões. Laroyê! Algo inspirado nas moças também será possível notar durante a exibição e para emergir o público nesse universo, Rodrigo Pederneiras e os integrantes do grupo participaram de festividades e sessões das religiões.

Em entrevista a revista Trip o saxofonista de Metá Metá Thiago França afirma que Exu é o Orixá mais próximo do nosso plano “dono do corpo, da dança, do movimento” e que a escolha da homenagem à essa manifestação caiu como uma luva à peculiaridade das apresentações do grupo.

Junto do trio, Elza Soares também fará uma participação agregando ao canto ora excêntrico, ora sereno de Juçara Marçal, toda sua musicalidade a lá brasileira. À revista Casa Vogue, declamam “parece até que o som do seu cajado ensina o nosso pé… Mas se não vem no amor ou vem do alto, só gente a gente é. Quem pisou no chão, quem pisou no céu, quem pisou no caos.

O diretor artístico e um dos fundadores da companhia Paulo Pederneiras, revela na entrevista que o tema foi uma novidade para o grupo que nunca havia se aproximado do universo das religiões de matriz africana, mas que a partir da empreitada iniciou suas pesquisas em livros e na própria experiência dentro dos terreiros.

 

Fomos pesquisar a complexidade dessa história, visitamos terreiros e descobrimos um ambiente maravilhoso, humano e vivo que enfrenta inúmeros estigmas.

Paulo Pederneiras um dos fundadores da companhia em entrevista a revista Trip

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Fora do que é habitual as cores de Exu, os bailarinos irão trajar uma saia branca harmonizada ao tule que deixa a mostra a transparência da parte superior do corpo. Segundo a arquiteta de interiores, figurinista e cenógrafa do grupo Freusa Zechmeister a escolha buscam traduzir a equidade de gênero dos médiuns respeitada pelas entidades durante as manifestações espirituais.

Assim como nos rituais, não há distinção de gênero nos ‘aparelhos’ que recebem as entidades. O nada muitas vezes é tudo. Não tem homem e mulher. O corpo está a serviço de algo maior. Então, o figurino foi pensado para permitir que a coreografia acontecesse.

Freust Zechmeister em entrevista ao portal O Tempo

Pra quem possa ter ficado confuso com o que foi dito pela figurinista, o que ela quis dizer com ‘não há distinção de gênero nos ‘aparelhos’ que recebem as entidades’ é que nas giras de Umbanda um espírito masculino (Exu) pode incorporar em uma médium mulher e o mesmo acontece ao contrário com as Pombagiras e demais manifestações femininas que também são recebidas por homens.

Na entrevista ao portal Paulo Pederneiras conta também que o balé reproduzido por eles parte do tema que é algo inspirador e transforma-o em outra coisa. “O que você vai ver no palco são vários elementos que te levam à Umbanda e ao Candomblé, mas não é nossa intenção fazer uma imitação desse universo porque ele já tem o seu lugar, que é no terreiro” completa.

Dentro dessa busca, a atuação acontece sem a saída dos bailarinos para as coxias e com a permanência no palco o que marca a entrada e saída de cena são os jogos de luz e o tule pelo qual estarão cobertos. Dessa maneira o espetáculo busca evocar algo do rito umbandista, onde o médium aguarda em seu lugar o momento da incorporação.

Com os bailarinos sentados em cadeiras perfiladas o véu preto com a lâmpada acima da cabeça representa a presença da entidade em cada um deles, enquanto ao centro o “balé dos Orixás” é interpretado pelos outros integrantes do grupo.

 

Serviço:
DE 4 A 13 DE AGOSTO, no Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722.

Quarta e quinta-feira, 21h

Sexta-feira, 21h30

Sábado, 20h

Domingo, 18h

Os valores dos ingressos variam de acordo com o setor do assento e vão de R$ 50 à R$ 160. As entradas serão vendidas por meio do site ingressorapido.com  ou pelos telefones (11) 5693-4000 e 0300 789-3377.

Junto da “Gira” também será apresentado “Bach” uma das mais prestigiadas coreografias de Rodrigo Pederneiras, com trilha sonora de Marco Antônio Guimarães.

Mais informações acesse teatroalfa.com.br

A temporada também chegará ao Rio de Janeiro neste mês entre os dias 23 e 27. Já em Setembro quem recebe o espetáculo é Belo Horizonte do dia 02 a 06/09, quando voltam a se apresentar somente em Novembro na capital gaúcha, Porto Alegre nos dias 07 e 08/10.

 


 

Matrículas abertas para o estudo nos fundamentos dos Ritos e Oferendas do mistério de Tranca Ruas >> www.estude.umbandaead.com.br/tranca_ruas <<

 

Texto: Júlia Pereira

Imagem: Revista Casa Vogue

Fontes:
Portal O Tempo

Links úteis:

Teatro Alfa

Grupo Corpo

Folha de São Paulo

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Julia Pereira

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