11 motivos que fazem de você um idiota religioso

Na sexta (16) foi ao ar o último episódio da primeira temporada de D E S P E R T O, primeiro programa ao vivo via facebook da religião que durante 2 meses e meio se dedicou a apresentar ao público questionamentos sobre a Umbanda e o modo que é vivenciada atualmente.

Dentro do discutido no decorrer dos episódios elencamos 11 afirmações que evidenciam uma imaturidade vigorante no trato com o sagrado na Umbanda, bem como a forma que ele é relacionado a aspectos da nossa vida.

Propondo trazer para a discussão a ideia de liberdade, autonomia, superação, conscientização, lucidez e acima de tudo reflexão, o D E S P E R T O é uma das extensões do extraordinário trabalho construído no Treinamento Exu do Ouro.

Permita-se sair da idiotice religiosa¹, permita-se viver o despertar da vida.

1 – UMBANDA PARA ADULTOS 

Quando Platão expõe em ‘A República’ sobre o Mito da Caverna, ele discorre sobre a venda que a sociedade coloca nos olhos ao pensar massificamente². O que observamos do mundo é apenas um recorte da realidade e por isso a busca pelo conhecimento é indissociável do caminho para a verdade, honestidade e justiça.

Partindo dessa base filosófica o D E S P E R T O  já em sua estreia determina que Umbanda é para adultos e com essa afirmação descreve que sair da caverna no contexto religioso é muito do que entendemos por amadurecer, observar, reconhecer, refletir, ponderar, transcender e estabelecer a lucidez.

Portanto, o primeiro motivo que o programa traz para os navegantes é que se você não se permite questionar, ou entende a Umbanda apenas como o que acontece no seu terreiro, então irmão, você está passível de se ser um idiota religioso.

Quando mencionada a frase de Pai Alexandre Cumino sobre “o objetivo da Umbanda ser o de proporcionar condições para que as pessoas não precisem dela”, é servindo-se dos conceitos presentes no Umbanda para Adultos que ela se justifica, onde o umbandista passa a comungar da religião porque é algo que lhe faz feliz, lhe agrega, lhe preenche e não por ser uma obrigação (cármica ou não), uma subordinação aos guias, Orixás e sacerdote ou qualquer que seja a dependência.

Dentro disso, ser livre faz parte da premissa e do entendimento que o D E S P E R T O busca trazer, esclarecendo que se você não está satisfeito com a casa que faz parte, então você não precisa estar lá.

Neste episódio, propõe-se buscar pelas condições necessárias para a compreensão acerca da Umbanda e assim poder optar por fazer parte de um terreiro que está de acordo com o que você acredita ou não. Por isso, se permita sempre a questionar.

2 – CARIDADE

A segunda indagação de D E S P E R T O é sobre acreditar que ao promover um ato de solidariedade você será uma pessoa caridosa. Tratando disso o programa traz para o debate o conceito de caridade que chega até a Umbanda por meio da vertente católica e do espiritismo, onde nessas crenças a ação caritativa é garantia de salvação ou evolução espiritual.

Colocando dessa forma o conceito de caridade, que deveria exprimir a máxima do amor, se torna moeda de troca e quando inserida na prática do terreiro dá ao médium um papel de destaque, levando-o a crer que as entidades precisam da manifestação mediúnica para evoluir.

Nesse episódio o programa mostra que ao se contentar com o sentido popular de caridade e ainda fazer dele uma verdade absoluta, sem ao menos refletir que caridade está muito além de você e de alguns amigos benevolentes, também o caracteriza como um idiota religioso.

Portanto, a dica do segundo D E S P E R T O é entender a caridade no seu sentido mais amplo, onde ela se distancia da solidariedade e se aproxima do amor que você deposita em qualquer âmbito ao qual conduz seus esforços. Sendo o amor a real cura de todos os males, ao qual por meio dele conseguimos realizar mais de nós e proporcionar algo benéfico para o outro.

A caridade em sua máxima, se encaixa nesse sentido como uma das facetas do amor divino.

Caridade é amor.

Pai Rodrigo Queiroz

3 – TRADIÇÃO

O conceito de tradição é o de trazer um significado e um sentido para determinados eventos, por isso ela se difere de costume ou hábito. Dentro do ambiente religioso tradição se entende como o fundamento do rito, como a interpretação teológica daquela crença ou como os valores e bases conceituais que as definem.

Repetir um hábito não significa ter uma tradição e está mais próximo do saudosismo ou de um culto ao antepassado, do que propriamente algo que fundamente determinada religião.

A afirmativa do 3º episódio de D E S P E R T O é não confundir essas duas coisas e ainda não se tornar um idiota religioso pensando a Umbanda única e exclusivamente como a forma de culto que acontece no seu terreiro.

É infantil depois de 100 anos e no mundo tecnológico como o nosso, a maior preocupação do umbandista ser o fundamento da cor da vela para determinado Orixá. Isso pode e deve ser estudado pelas casas, mas o que não pode é esse tipo de questão ser o tema central de Congressos de Umbanda, isso é uma infantilidade.

Pai Rodrigo Queiroz

Quando o umbandista se utiliza do argumento “porque na minha tradição..” para justificar algo ele cai na vala da visão egóica de mundo, onde enxerga-se somente a realidade em que vive e não a Umbanda como um todo, que é por excelência uma religião plural.

Por isso não importa a sua Umbanda, importa o todo e o que vamos construir de consciência dentro da religião para todos os seus praticantes.

Ao que tange as religiões africanistas, a tradição existe e é respeitada, pois compreende-se a herança comportamental e conceitual dessa crença por meio dos mitos e isso é uma tradição milenar. A Umbanda surge no avesso disso, sendo ela uma ruptura do que já havia posto como religião e ao mesmo tempo o encontro de diversas influências numa nova roupagem e entendimento, uma religião por excelência brasileira.

4 – MISSÃO E DESTINO

A proposta do 4º episódio do programa é a reflexão sobre o que dissemina-se no ambiente umbandista a respeito de Missão e Destino, tendo como recorrente a abordagem rasa desses conceitos, onde o destino serve como desculpa para um comportamento infantilizado e conformista e missão remonta relações de ego e distorção do sagrado.

Nessa perspectiva o destino é tido como crença somente nos casos aos quais convêm ou quando a falta de responsabilidade e maturidade faz o umbandista se apoderar de uma verdade que não é sua, para justificar limitações particulares.

A crença no destino implica em aceitar que temos apenas uma opção para a nossas vidas, que tudo está escrito pois foi assim que o Criador quis. Nessa concepção o livre arbítrio acaba sendo negligenciado, a autonomia sobre si é suspensa e você passa a ser um personagem que executa as tramas sentenciadas ao seu temível destino.

Com esse parecer o programa também distingue destino de propósito e exemplifica a questão colocando o conceito de reencarnação como um desses propósitos.

Para a crença umbandista a reencarnação é uma certeza e há um propósito por de trás disso que pode ser o de evolução, de aprendizado e até mesmo de aplicação da lei maior, porém, nem mesmo eles o impedem de viver em plenitude suas escolhas, e mais, ser responsável por cada uma delas, sendo a maior premissa da Umbanda a evolução do ser para a sua autonomia espiritual.

Já a missão irá adentrar um campo crítico no ambiente umbandista, pois, ao falar sobre ela logo vem a mente o trabalho mediúnico, ponto delicado (e diverso) a se tratar. No início do programa esclarece-se sobre a Umbanda em sua raiz não comportar o conceito de missão como legítimo, justificando que esse discurso tem sua origem em uma proposta de evangelização cristã no país.

Entretanto, pensar a mediunidade como uma missão em que você está predestinado a desenvolve-la para que nada de ruim lhe aconteça ou para que só assim os transtornos da sua vida sejam cessados, acaba sendo algo comum a religião e que expressa junto dela a presença de relações de manipulação dentro do ambiente de terreiro.

Quando a mediunidade tem o peso de missão ela também favorece um ego dispensável ao médium, onde podemos pontuar que ser um idiota religioso é conceber que os guias que vêm em terra precisam do médium para poder evoluir. E nesse pensamento sistematizado, ainda crer, que se relacionam com nós encarnados como o “pagamento” dessa evolução.

5 – PECADO

A 5º asserção do programa D E S P E R T O é: não há pecado na Umbanda. Bom, pelo menos não o pecado disseminado nas outras religiões…

Para explicar o por quê da ideia de pecado no contexto atual não ser aceito na Umbanda, precisamos primeiro estar de acordo com a reflexão de que a Umbanda tem fundamento próprio e que nada que venha de outras religiões nos serve como preceito religioso.

Não ser um idiota religioso é saber distinguir que mesmo a Umbanda tendo um viés cristão no que tange os valores do Cristo isso não pode ser confundindo com a agregação dos dogmas católicos a religião.

A Umbanda enquanto promotora do livre arbítrio preserva a liberdade na forma de ritualizar o sagrado de cada casa, entretanto, também preocupa-se com o modo que essa liberdade é entendida.

O preço da liberdade é a eterna responsabilidade. A Umbanda não absorve a tudo da forma que se busca pregar, nós temos nossos próprios fundamentos e embora aquele adepto venha do catolicismo aquilo que ele trás de herança não nos interessa.

Pai Rodrigo Queiroz

O objetivo final do conceito de pecado para a Igreja era o de criar normativas morais e comportamentais para controlar senão os desvios dos cidadãos, também seus desejos e anseios.

A partir do momento que nos vemos diante de uma democracia, legislação e uma constituição que rege o conjunto de regras ao qual todos devemos (ou pelo menos deveríamos) nos ater, a organização social não precisa mais ser regrada pelo medo do pecar e assim a concepção de Deus punitivo se torna algo arcaico.

O que irá distinguir o pecado na Umbanda será justamente a desconstrução de Deus como alguém que castiga, trazendo uma reflexão mais madura para as consequências dos nossos desvios comportamentais.

Se Deus é onisciente, onipresente e está em mim, ele também tem todas as probabilidades dos meus erros, em todos os nossos desvios Deus já estava antes e quem me punirá não será ele e sim minha própria consciência.

Quando nos conscientizamos de que nossas ações estão machucando alguém ou promovendo o caos em algum sentido da vida, acumulamos esse conflito em nosso consciente e o amargor e as consequências de todas essas ações negativadas nos levam para um lugar – consciencial – compatível com esses sentimentos.

Desta forma, nossas intenções e ações desvirtuadas podem ser compreendidas como pecado, porém, não temos uma lista do que é ou não pecado e somente a forma que lidamos com essas falhas e tudo o que elas desencadeiam nos dirá para onde seremos atraídos, luz ou trevas não são lugares físicos.

6 – DIABO

Na continuidade do raciocínio exposto nos outros episódios, a 6º semana de D E S P E R T O atenta para o reconhecimento do nosso lado negativo, dos nossos malfeitos e  perversão sem atribuir esses comportamentos nocivos à influência diabólica de um ser trevoso.

Nessa semana clareou-se o conceito sobre o Diabo na Umbanda, esclarecendo que Olorum não tem um antagônico e que na realidade nós só atraímos para perto o que emanamos. Todos somos de uma vez só o bem e o mal, ou seja, temos dentro de nós essas duas faces e o que irá definir nossas companhias será a frequência pelo qual optamos por ser uma dessas duas características.

A desculpa humana se chama Diabo. O Diabo é o encosto do acomodado.

Pai Rodrigo Queiroz

Quando depositamos nossa crença no Diabo como um ser com posto e poder, também absorvemos como nossa a verdade de que ele está sempre nos cercando e que todas as nossas decaídas são o resultado das investidas desse ser, sendo desta forma o livre arbítrio algo questionável.

O homem não é sempre bom e nem sempre mau, o equilíbrio pelo o que você escolhe alimentar dentro de si determina o que em outras crenças seria a obra do Diabo. Não ser um idiota religioso é assumir pra si suas responsabilidades diante a vida e não procurar algo pra por a culpa.

7 – DEUS

O sentido de tudo e de todos. Zambi. Olorum. Tupã. Javé. Jeová. Adonai. Shamah. Consciência Cósmica.

Deus.

Na Umbanda Deus não é bíblico, portanto, a visão que se faz da sua atuação em nossas vidas não é como a descrita nessa escritura sagrada. Cada crença o conceberá de uma forma e mesmo no contexto umbandista cada terreiro trata essa relação a sua maneira, um exemplo disso é que cada casa irá dar um nome a Deus.

Na bíblia Deus é construído a imagem e semelhança do povo e da época que o retratam. Ao Deus bíblico então é comum características de alguém rancoroso, vingativo e punitivo.

Na Umbanda Deus está em tudo e em todos, somos criado por ele que é mente, força, energia, fator, essência, estrutura, consciência, mas a grande diferença da crença cristã é que para a Umbanda Deus não é uma força externa que nos controla, nós somos Deus.

E dizendo isso, a dica do 7 º D E S P E R T O é que você pode acreditar que Deus fica observando nossa vida o tempo todo, apontando os erros e sempre disposto a “fazer justiça”, mas que você também pode entender em profundidade o sentido da onisciência e onipotência de Deus.

Não ser um idiota religioso é deixar de minimizar a existência de Deus ao controle da nossa vida e se abrir para assimilar que somos criados por essa fonte original, e se assim é, também portamos o código genético de Deus em nossas entranhas, em nossa alma, em nosso âmago e em tudo o que somos.

Vois sois deuses

João 10:34

E não só em nós, Deus está no seu desafeto, no seu inimigo, no seu antagônico, Deus é também aquela pessoa que você não suporta. Ele está na natureza e em toda criação. Na Umbanda, Deus não está fora, está dentro de cada um, Deus é imanência e assim tudo o que existe, opera sob sua imanência.

A relação com esse divino acontece quando estamos felizes, mas também quando decaímos em nossas sombras, fraquezas e dificuldades e talvez seja nesse momento que percebemos de que forma a relação com Divino habita em cada um de nós.

Deus na Umbanda é uma relação muito leve, íntima e profunda. Deus fica do seu tamanho e também é do tamanho de tudo o que existe.

Pai Rodrigo Queiroz

A oração na Umbanda é uma das coisas que pretende ativar essa relação promovendo um mergulho em si, potencializando Deus que flui por nós. Ouvir Deus é chama-lo de dentro para fora.

Os Orixás falam ao nosso coração e para se conectar com isso é preciso silenciar e considerar que Deus na Umbanda não está fechado a dogmas e que as coisas ruins podem acontecer em nossa vida, mas em nenhuma delas a razão será Deus tentando provar algo.

Deus não espera nada de mim porque ele tudo sabe de mim, eu não preciso estar preso a agradar ou não a Deus, eu só preciso lidar com as consequências da minhas ações e isso pode me trazer cobrança de consciência ou felicidade de consciência. Deus é portanto na Umbanda a manifestação do indivíduo que existe e se completa em tudo, Deus é amor, é leveza, sou eu é você e tudo o que está a nossa volta.

Pai Rodrigo Queiroz

8 – ENCARNAÇÃO

Todas as doutrinas pregam a fuga da Terra e a busca incessante do paraíso perdido, esquecendo-se de ensinar que esta nossa morada é divina e deve ser vista e entendida como tal, única, sendo que outra exatamente igual não existe em toda a Criação Divina.

Pai Rubens Saraceni

No 8º episódio a dica valiosa do D E S P E R T O é o que Pai Rubens Saraceni descreve no trecho acima do livro Gênese Divina de Umbanda Sagrada e ao qual muita gente ainda não se ateve. A preocupação das religiões em torno da salvação do espírito é tão latente que seus adeptos acabam esquecendo de viver em plenitude essa realidade e passagem à Terra.

Indo de encontro a isso, a Umbanda tem como objeto de apreciação a encarnação e nossos guias irão apontar constantemente para o caminho da felicidade do ser neste plano.

O assombro da morte é natural ao homem, somos a única espécie a dominar a razão e pensar sobre vida, existência e morte.

O medo da hora da partida e do desconhecido pós desencarne faz com que a maioria das crenças coloquem a própria felicidade como um insulto a Deus, em uma lógica onde quem mais sofre nessa vida garantirá uma melhor vida pós morte.

Ser um idiota religioso então é pensar que mesmo a Umbanda estimulando a verdadeira felicidade de seus filhos pregaria a elevação espiritual por meio de regras comportamentais ou receitas mágicas, quando na verdade o que os mestres de luz trazem como aconselhamento é que nós vivamos sendo o mais sincero dos seres em relação aos nossos sentimentos.

Viver essa encarnação é viver feliz e viver feliz não tem a ver com rir o tempo todo ou não passar por problemas. Ser feliz é viver uma vida humana com todos os seus empecilhos, dificuldades, apegos, frustrações e conseguir diante de tudo isso dormir em paz.

Pai Rodrigo Queiroz

Não dê mais um motivo para ser um idiota religioso,.. fazer da sua vida um paraíso só é possível depois que você entender que esse mundo é uma dádiva, uma oportunidade, um presente Divino.

9 – VOCÊ NÃO É LIVRE

O 9º episódio de D E S P E R T O diz sobre a postura do umbandista quanto a liberdade (tanto falada na religião). Junto disso é colocado que o preço da liberdade é a responsabilidade e que a Umbanda não pode servir de muleta para a recusa de enfrentamentos durante a vida.

Existem pessoas que são prisioneiras de suas crenças e nesse sentido a Umbanda coloca como palavra de ordem a liberdade não impondo regras de como adorar, cultuar, reconhecer e se relacionar com Deus. Mas há também, quem acaba prisioneiro de seus sentimentos e medos, fazendo da própria Umbanda a desculpa para suas dificuldades.

Nessa realidade tudo vira demanda, transfere-se a culpa de suas ações para a mediunidade, à cobrança dos guias, ao trabalho feito, menos para si próprio.

Essa postura vai de encontro com o que se configura a religião, que surge como um grito de revolta contra as opressões vividas no ambiente espiritualista naquele momento, clamando desde o seu início por liberdade.

Liberdade de crer, ser, desenvolver e de transcender de cada um.

Somos um povo miscigenado, agregamos muitas culturas, era para o místico, o diferente ser natural a nós, entretanto, vemos cada vez mais as pessoas se aprisionando a religiões dogmáticas que ceifam qualquer ideia de liberdade..sexual, comportamental, racional.

Pai Rodrigo Queiroz

A dica do Você não é livre é repensar o que você tem como conceito de liberdade e em quais amarras está se prendendo com a justificativa de que essa é a sua causa.

10 – EVOLUÇÃO

Você acredita que exista algo que mensure a evolução? Uma religião é mais evoluída que a outra? a humanidade está evoluindo? um erudito é mais evoluído?

A evolução enquanto tema dentro da religião é um assunto muito frágil e o penúltimo episódio de D E S P E R T O buscou considerar que não há um consenso sobre o que é ou não evolução ou mesmo quem é ou não evoluído, porém, conseguimos nos aproximar do que vem a ser isso pensando em transcendência.

A dica de ouro desse episódio é que evolução não é uma questão para a Umbanda e que qualquer um que tente desenvolver uma fórmula de como viver e direcionar seus feitos para garantir graus de evolução, está na verdade difundindo um engodo religioso.

Por isso a transcendência enquanto sinônimo de desapego e superação de conflitos e aflições emocionais está como o melhor caminho para quem sabe chegarmos perto do que seria promover a evolução em si.

Até aqui o D E S P E R T O já derruba muito do que norteia a ideia de evolução atualmente, sendo a caridade um dos conceitos desconsiderados e traz como mote a reflexão sobre a superação do que te impede de ter uma vida feliz.

Dentro disso, entender que reconhecer limitações, infantilidades, possessões, fraquezas; encara-las, pôr-as em questão e observá-las são os passos para se harmonizar consigo e não paralisar a vida em determinado conflito.

Quando você reflete sobre algo que te tira a paz e se resolve com isso, podemos dizer que você transcendeu sobre aquilo que te impedia de realizar outras coisas. Se isso servir de inspiração para qualquer pessoa que seja então irmão estamos galgando rumo à evolução consciencial.

Transcender é você tornar-se outro ainda sendo o mesmo.

Pai Rodrigo Queiroz

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11 – BEM-AVENTURANÇA

No encerramento de quase 3 meses de programação ao vivo a última temática dessa temporada de D E S P E R T O reflete sobre o que é ser uma pessoa bem-aventurada, observando que a felicidade como estado íntimo do ser – sem a necessidade da constante exteriorização – é uma das maiores definições para a bem-aventurança.

E com isso a dica desse episódio é na verdade um alerta para que não confunda-se felicidade com euforia, sendo a primeira um estado pleno e constante de bem estar, satisfação, serenidade e amor a si e a segunda algo exagerado, vazio e passageiro.

Propondo essa reflexão o bem-aventurado se caracteriza como o sábio, capaz de contemplar sua realidade, refletir sobre sua própria vida, natureza, o que somos no mundo, na particularidade, nos relacionamentos, o que tudo isso nos afeta e qual a nossa postura diante a vida.

É aquele que apura suas opiniões e conclusões a todo instante, refletindo sempre, sem fechar-se a uma visão permanentemente, sem findar um questionamento. O bem-aventurado é aquele que deixou de viver a vida no automático e propõe todos os dias ser o melhor de si em todos os âmbitos da sua vida.

Não adianta a sua vida profissional estar maravilhosa e o resto um caos. A culpa é do outro? Não. Você atrai aquilo que você reflete, você se relaciona com quem se identifica. Bem-aventurado é aquele que desperta a consciência e isso é um processo de treinamento, reflexão e entendimento. Não acontece de uma hora para outra, é preciso exercitar.

Pai Rodrigo Queiroz

O episódio 11 fecha a temporada deixando como reflexão última o D E S P E R T A R da consciência e o acordar diante a vida.

 


*Todos os ideais disseminados nesse texto fazem parte das reflexões de Pai Rodrigo Queiroz ao qual atribui seu constante despertar à vivência, relacionamento e trabalho com Exu do Ouro.

A indicação é que os vídeos do D E S P E R T O sejam assistidos um a cada dia, dando uma pausa para a reflexão e assimilação dos conceitos trazidos por eles.

Você pode acessar gratuitamente o conteúdo do D E S P E R T O no canal do Umbanda EAD no youtube:

 

Idiotice religiosa¹ por Rodrigo Queiroz 

Umbandista, estude sua religião para não ser um idiota religioso.

Idiota vem do grego “idhiótis” e significa “privado”, “particular”, usado para definir aquele que se fechava somente a sua vida privada, não se importando com a sociedade, a política e o outro, de modo que se dizer apolítico é assumir-se um idiota.

No meio religioso se você define a Umbanda a partir do seu terreiro, do tamanho do seu umbigo e a compreende de acordo com seu achismo então você é um idiota religioso.

Estude a Umbanda para não ser um idiota.

 

Sociedade de Massa² 

Ligada ao conceito da indústria cultural, o pensamento massificado denota a padronização de gostos e vontades presentes no indivíduo inserido no sistema capitalista. Nessa concepção a sociedade se transforma em uma ‘massa’ de pessoas que pensam, se vestem e consomem conforme dita a indústria cultural, fechando-se em alienação e consumismo, sem perspetiva de pensar sobre sua existência.

 


 

Texto: Júlia Pereira

Imagem: Sanat Blog

Estudos com inscrições abertas pelo
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Tel (14) 3010-7777
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