As de fé e as de coração, feliz dia das mães! Salve nossas Yabás ??

Gratidão à todas as Mães. Sejam elas de fé, de barriga, de coração ou tudo isso junto! Axé!!

Na data em que comemoramos o Dia das Mães não tem como deixar de reverenciar e pedir o axé das nossas mães Orixás, nossas lindas Yabás!!

Olha o tempo Minha Mãe Logunã!! 

Ora Ie Iê  Ô Mamãe Oxum!! 

Akiro Obá Yê! Salve a Divina Mãe do Conhecimento! 

Kali Yê, minha Mãe! Salve a Senhora Mãe Negra! Salve Egunitá! 

Eparreeeeei Mãe Iansã! Salve a senhora dos ventos! 

Saluba Nanã!! Salve o mistério ancião da Mãe orixá! 

Odocyabá! Salve a grande Mãe! 

Laroiê Pombagira! Pombagira Saravá!! Salve o desejo a vida dessa mãe Orixá!! 

Começamos o texto de hoje saudando a todas as Orixás presentes na Umbanda Sagrada, mas batemos cabeça para todas as divindades que carregam esse arquétipo, sejam elas do panteão africano ou vividas em outras culturas.. Hera, Eurinome, Mama Cocha, Tiamat, Astarté, Nossa Senhora.. e nesse mistério, que ainda suporta infinitas facetas, temos uma lista extensa de divindades que compartilham o magnetismo e a força da qualidade Mãe.

Em nossa Mãe Suprema, Rainha do Mar, Mãe Iemanjá encontramos a representação de tudo que é fecundo, gerador e sendo assim tudo o que se renova para dar luz a uma nova vidaIemanjá é em si o colo materno de Deus. Expira e inspira amor e proteção, amparando seus filhos tal como os cuidados de uma mãe.

Sendo assim, Deus se faz mais próximo de nós ou se manifesta mais fortemente dentro de nós, já que somos em si Deus, quando estamos em contato com esse amor, o amor que gera, que cuida e que fortalece. Aquele amor que não é passageiro e não tem hora e nem momento para começar.

Tem pai que é mãe, tem mãe que chega mais tarde em nossas vidas, assim como tem vó que também é mãe. Dentro do coração de mãe cabe tudo. Tem gente que tem duas, três e quantas se fizer necessário, outras se tornam mães. Não importa como, nem quando e nem quantas pessoas fazem parte desse amor, o que importa mesmo é o que ele é capaz de fazer e mudar toda a realidade ao seu redor quando resolve ficar.

Nós entendemos mãe e cada tipo de mãe em nossas Yabás..

Nanã Buruquê é vó que é mãe, Iansã é a mãe que está ali para chamar a atenção, direcionar, mas também sair em defesa quando seu filho está sob algum risco (e que defesa) a Mãe Iansã é aquela que vira fera para proteger seus filhos.

Oxum é a manifestação pura de todas as mães que acabaram de conceber seus filhos, a mãe que acaba de receber em sua vida uma nova geração. A mãe que descobre a maternidade no momento que recebe a notícia que está gerando um filho ou aquela que se torna mãe ao olhar pela primeira vez o filho de outro ventre que a partir daquele momento será parte do seu ser.

Mãe também é aquela que dá tempo ao tempo, passa junto de nós nossas caídas, fraquezas, vícios e desvios, e nem mesmo quando andamos por caminhos hostis o amor de Mãe cessa. Assim como a regência de Mãe Logunã, Orixá regente do mistério cristalizador, o sentimento materno também é sinônimo de observância e disciplina, amparo esse que nos traz de volta ao “eixo” apontando para nossos exageros e ilusões.

Toda mãe tem um pouco de Egunitá também, Mãe da Justiça Divina que esgota seus filhos que se encontram negativados no aspecto da justiça. As primeiras noções do que é justo ou correto também é coisa de mãe, o repartir, o respeitar, princípios e valores, dignidade e honestidade, tudo isso são ensinamentos que vamos assimilando e absorvendo da sabedoria de nossas mães terrenas.

Obá a Mãe que mesmo depois de um dia exaustivo de trabalho, senta-se ao lado dos filhos para ajudar na tarefa de casa, para ouvir sobre seus projetos, anseios e objetivos de vida. Sabe a mãe que chega junto e dá o ultimato sobre quais os seus planos de vida? No que você vai gastar sua energia e se concentrar para conquistar? Esse é o tipo de Mãe Obá concentradora, absorvedora de desequilíbrios e amparadora das dispersões.

Pombagira o que ela tem de mãe???

Passamos as palavras a Pai Alexandre Cumino que recentemente divulgou um texto no JUS, sobre esse aspecto materno da divindade Pombagira:

Pelo fato de que a sensualidade é um aspecto muito forte em Pombagira, lhe é negado a qualidade de mãe. Mas negar que Pombagira é mãe é o mesmo que afirmar a perda da sensualidade feminina no momento em que a mulher se torna mãe. É como se a mãe deixasse de ser mulher ao menos em um de seus aspectos mais fortes no que diz respeito ao feminino, sua sensualidade. Uma mulher não pode ser sensual e ser mãe ao mesmo tempo? [..]

Se existe uma divindade regente deste mistério Pombagira então posso dizer que Pombagira é Mãe também. Ao menos a Divindade, o Orixá, é mãe. Quanto às entidades Pombagiras que incorporam e trabalham com seus médiuns (homens e mulheres) deixo para vocês me responderem se são ou não nossas mães. Mães da sensualidade, mães do desejo, mães do estímulo, mães da altivez e acima de tudo mães da autoestima. Precisamos de todas as nossas mães e cada uma delas nos dá ou empresta qualidades diversas e únicas para nosso crescimento, evolução e vida.

Pai Alexandre Cumino

Desta forma as qualidades de Deus se reúnem para tomar forma na expressão mais singela e bonita de amor, o de mãe.

Pedimos a benção de nosso Pai Olorum, de todos os divinos Orixás e em especial a vibração de nossas Orixás femininas para que elas possam fortalecer e amparar essa incrível e difícil missão que é gerar, amar, cuidar e ver crescer.

Gratidão à todas as Mães. Sejam elas de fé, de barriga, de coração ou tudo isso junto! Axé!!

Texto: Júlia Pereira

Ilustração: Felipe Capri

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Julia Pereira

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