Tem Umbandista morando no exterior ai?

O que mais encanta no estudo e nos meios de comunicação é a relação de tempo e espaço que eles trazem consigo. A possibilidade de estar em vários lugares simultaneamente, mesmo que esteja fisicamente em apenas um, é algo indescritível.

Todas essas possibilidades nos permitem estar aqui hoje mantendo a relação entre leitor e informação, e também de umbandista pra umbandista; isso é apenas a mais simples das manifestações que comunicação traz consigo.

A matéria de hoje é exatamente sobre essa temática: o estreitamento entre as fronteiras geográficas e as experiências religiosas no espaço virtual. Para isso entrevistamos dois alunos aqui do Umbanda EAD que vivem a Umbanda (cada um a sua forma) e residem fora do Brasil.

Do Golfo Pérsico para a Umbanda :O

Renata Stec, (59), é brasileira, dona de casa, mora fora do país há 32 anos e há 14 anos reside no Oriente Médio. A história da Renata revela um intercâmbio cultural bem diferente, mesmo sem ter uma religião “de berço” e morando a tanto tempo fora do país, ou seja, com pouco contato com o que se relaciona com as religiões de solo brasileiro, ela não deixou de nutrir encanto pelas religiões espiritualistas presentes aqui e mais posteriormente pela Umbanda.

“Embora eu tenha sido batizada na Igreja Católica Romana, religião nenhuma fez parte do dia- a-dia da minha família. Não rezávamos, não íamos à missa, não tínhamos imagens em casa. Casei somente no civil e meu marido foi batizado na Igreja Russo-Ortodoxa e também não teve formação religiosa” revela Renata.

Em entrevista Renata salienta que no Oriente Médio a religião predominante é o Islã, mas mesmo com isso, em Bahrain – país em que vive –  é possível encontrar outras manifestações religiosas “de todos os países do Golfo Árabe, Bahrain é o mais tolerante e aberto a outras culturas. Aqui há três igrejas católicas, uma sinagoga, e vários templos hindus (um terço da população é de trabalhadores temporários – visto de trabalho – Indianos), nenhum dos quais eu visitei.”

Mas, ela também afirma que para o Islã os espíritos de quem já morreu permanecem no túmulo esperando pelo julgamento final, e sendo assim, a ideia de se relacionar com esses espíritos e reencarnação não é aceita. “Eles acreditam que existam “jinns”, criados antes dos humanos, espíritos maldosos como o diabo do cristianismo e, portanto, se alguém incorporar um espírito, certamente estará “possuído pelo demônio” explica.

Conexão Portugal x Brasil

Nosso outro entrevistado é o André H. Pereira Leiria, (31), psicólogo, confeiteiro, aluno do Umbanda EAD e português nascido em Lisboa.

André também nos contou um pouco sobre o seu contato com a Umbanda, “Desde miúdo eu tinha contato com o espiritismo. Já adulto comecei a sentir que não me enquadrava em algumas formas de pensar por parte dos grupos espíritas que conhecia e decidi afastar-me um pouco para assentar ideias”. Ele explica que em 2009 quando entrou em um terreiro de Umbanda, foi amor à primeira vista, “desde o som dos atabaques, aos cheiros, à vibração… tudo fazia sentido!”.

Perguntamos à ele sobre as características mais marcantes que diferem a Umbanda vivida aqui no Brasil da dos terreiros de Portugal. Ele respondeu dizendo que mesmo estando em Portugal, o modelo estruturante de funcionamento das religiões afro é o mesmo “são muito visíveis nos terreiros por Portugal os códigos, linguagem e símbolos, vivos da cultura brasileira”, completa.

André falou também sobre a pertinência do estudo da religião via plataforma on line. “Descobrir a plataforma foi uma lufada de ar fresco.. tem ajudado muito a crescer não só como médium umbandista, mas também como pessoa”. Ele também diz que existem muitas pessoas que vivem a Umbanda em Portugal inclusive ele pertence a um terreiro lusitano onde desenvolve seus estudos e vivência mediúnica.

Essa é a realidade do André, mas voltando pra nossa primeira entrevistada, a Renata, que mora lá no Golfo Pérsico…encontramos outra realidade.

A Renata, nos contou que seu primeiro contato com a Umbanda foi por meio de uma amiga, umbandista e também brasileira que morava em Bahrain. Essa amiga acabou se mudando do país e ela foi perdeu o contato com as informações sobre a religião, e foi então que começou a busca por conteúdo em livros e na internet. “Cheguei a ler alguns artigos online, muitos com informações conflitantes, o que me deixou bastante confusa. Em janeiro de 2016, encontrei o curso do Umbanda EAD, através de uma vídeo-aula de Alexandre Cumino no Youtube. Assisti a aula, fiquei interessada e fiz a inscrição no curso.”

Umbanda Viva

A Renata e o André são alguns dos exemplos dessa Umbanda que está viva além das fronteiras e que busca alternativas de continuar viva. Da entrevista da Renata destacamos algo que nós sabemos bem por aqui.. “A Umbanda é uma religião fascinante!“, do André trazemos uma indagação a se pensar sobre o intercâmbio cultural que acontece quando umbandistas e não umbandistas de diversas regiões do mundo se encontram no mundo virtual “desde que seja um intercâmbio baseado no respeito mútuo e sempre focando o objectivo principal que é a troca de conhecimentos e experiências, vejo sempre como uma mais valia e uma oportunidade, de grande valor para todos.”

Agradecemos em especial aos dois alunos que dispuseram de tempo e empenho para nos contar um pouco de suas histórias e a todos os outros que moram fora do Brasil e continuam se relacionando e trocando experiências conosco. Axé irmãos!

Texto e entrevista: Júlia Pereira

 Imagem: Arquivo ICA

 

 

BLOG_LOGO_00000
Cursos com inscrições abertas pelo
www.umbandaead.com.br
e-mail:
[email protected]
[email protected]
Tel (14) 3010-7777

obs: os links desse texto estão sujeitos a alteração em razão da disponibilidade do curso e/ou produto

Julia Pereira

Assine
nossa news

Ao se inscrever, você concorda que a Umbanda EAD poderá te enviar emails. Você pode se descadastrar a qualquer momento. Política de Privacidade