O que você precisa saber sobre os Marinheiros na Umbanda #SalveoPovoD’Água

Nesse 13 de Dezembro comemora-se o dia do marinheiro. Aquele que serve sua pátria alistando-se no exército da marinha a fim de proteger nossas águas e limites marítimos. A data foi escolhida em razão do aniversário de nascimento do Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, nascido em 1807. 

Mas e na Umbanda, quem são os marinheiros?

Os marinheiros se conceituam como uma linha de trabalho dentro da religião que se organiza dentro de um grau e traz consigo o universo e a espiritualidade do povo d’água.

Essa cultura de quem provém seu sustento, ofício, morada e toda a sua vida ligada à água, ao mar, aos rios e ao portos, configura o arquétipo dos marinheiros. Desses povos temos a compreensão de que do mar não se extraí apenas o alimento ou o sustento econômico, à eles desprende-se também uma relação espiritual e de vida – em todos os seus sentidos – com o ambiente marítimo e ribeirinho.

1. Quem foram os marinheiros?

Os espíritos dessa linha também caracterizada como Povo D’água, realmente foram em terra como nome mesmo já destaca pessoas relacionadas às águas, sejam elas doces ou salgadas. Em muitos casos, pescadores, jangadeiros, navegadores, piratas, oficiais e todos os povos litorâneos.

Quando começou-se a entender que na Linha dos Marinheiros não tinha só o marinheiro propriamente dito, mas sim, outros espíritos que tiveram uma profunda relação com a água, com as regiões aquáticas do país então começa a se falar de Povo D’Água – que não é sereia, não são seres meio peixe e meio gente. Povo D’Água é o termo começou a usar para ampliar o que é a Linha dos Marinheiros, para entender que há um grupo de espíritos que vem de uma espiritualidade de profunda relação com a água.

Pai Rodrigo Queiroz em Entidades de Umbanda

2. Por que parecem estar bêbados?

O magnetismo dos marinheiros é inteiramente ligado ao movimento do mar, sendo assim, quando incorporados tendem a desequilibrar o corpo físico do seus médiuns. Usam o termo ‘mareado’ para designar a forma como se locomovem, andando para frente e para trás.

Os Marinheiros explicam ainda que eles vivem numa dimensão espiritual aquática, como se fosse dentro do mar. É verdade, é fato então que os Marinheiros manifestam uma linha de trabalho potente alocada dentro mistério de mãe Iemanjá.

Pai Rodrigo Queiroz em Entidades de Umbanda

Por conta disso a imagem dos marinheiros muitas vezes é deturpada e interpretada de uma forma negativa, associando o andar desiquilibrado a embriaguez.

Contudo essas entidades gostam sim, de rum e bebidas fortes, fazendo-se necessária a atenção, bom senso e preparo do médium com a quantidade de bebida que está sendo ingerida por eles.

Os marinheiros utilizam do álcool e amidos que compõe essas bebidas para sustentar a queima de energia que a incorporação desses espíritos de natureza ‘densa’ provocam. Pai Rubens Saraceni explica isso no livro Arquétipos de Umbanda dizendo que os espíritos regidos por magnetismos densos como a terra, a água e o fogo necessitam da bebida alcoólica para que algumas das funções do organismo do médium não sejam paralisadas.

O uso dessas bebidas dá fluidez e volatilidade às vibrações dos espíritos, expandindo seus campos magnéticos e possibilitando-lhes a estabilização e o equilíbrio nas incorporações (..) Assim como o veneno de cobra é o antídoto contra picadas de cobras, com os marinheiros a ingestão de bebida alcoólica lhes dá estabilidade.

Pai Rubens Saraceni, no livro Arquétipos de Umbanda

3. Como trabalham?

Seu campo de trabalho está focado no corte de demandas e descarrego de ambientes espirituais. Algumas referências citam o trabalho dos marinheiros na cura de algumas doenças também.

Pai Rodrigo explica isso dizendo que o mistério que envolve a água, ou seja, o campo de atuação de Mãe Iemanjá é em si a vida abundante e a purificação aquática. Lembramos a todos os leitores que já tiveram a oportunidade de mergulhar em um rio ou no mar e sentir a sensação que é fazer parte da água e perceber todos os seus músculos e sentidos sensoriais aguçados pelo movimento e pela experiência da água.

É essa limpeza e sensação de descarga que nossos marinheiros trazem para o ambiente espiritual, que nada mais é do que o reequilíbrio energético proveniente da onda vibratória de Mãe Iemanjá.

Salve a Marujada, Salve os Marinheiros, Maaaaré!
Odoyá Minha Mãe, Adociaba Iemanjá!

Texto: Júlia Pereira

Fonte de pesquisa: 

Curso Entidades de Umbanda

Curso Teologia de Umbanda 2017

Livro Arquétipos de Umbanda, Ed. Madras, Pai Rubens Saraceni.

Foto: Pixabay 

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Julia Pereira

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