Procurado por Tecnologia e Religião encontram-se diversos posicionamentos que aludem a transcendência do ser humano. Mesmo que alguns pensadores ainda insistam na premissa: Religião X Tecnologia, a tendência visibilizada por João Paulo ll que une esses dois contextos vive hoje em período de ascensão
O homem moderno é resultado de milhares de anos em evolução, em construção, e em transcendência. O desenvolvimento humano se paira no que é novo, na descoberta. Se antes o clero atribuía essa evolução a um erro que resultava no distanciamento do cristão dos ensinamentos do altíssimo, hoje as manifestações religiosas abarcam as novas tecnologias para adentrar os lares de milhares de pessoas, por todo lugar do mundo.
Não é difícil encontrar transmissão de missa, faceglória, pastor no twitter e pai de santo nas redes. Então por que tanta gente ainda persiste atrelada a posicionamentos que remetem a teoria iniciada em 1936 por Walter Benjamin, em que ele diserta que toda obra possui a sua aura, e se disposta a todos é perdido seu valor. A aura de Benjamin era algo sumptuoso, engrandecia essas criações e pregava que estas não deveriam ser reproduzidas a qualquer pessoa. Naquela época, só a alta classe era digna de participar, produzir e acessar a essas manifestações, todo o resto era resíduo cultural.
Estamos diante de um país que acaba de lançar a primeira operadora evangélica do mundo, a plataforma que você acessou para ler esse conteúdo é pioneira em ensino a distância de Umbanda, essas e tantas outras grandes iniciativas ganham espaço no cenário “tecno-religioso“. Todas elas convergem dentro do espaço tecnológico e se disseminam cada vez mais. A informação dentro das redes se mostra mais acessível a segmentos da sociedade que antes nem sonhavam com isso. Em 2014 o Brasil já tinha mais 40 milhões de consumidores multitelas, ganhando a denominação de consumidor hiperinformado. Este é um fato notável e indissolúvel. O conhecimento caminha junto da informação que hoje se encontra atrelada as novas tecnologias.
Retomando a ideia inicial do texto, o homem transcende e junto deles suas aspirações, desejos, costumes e crenças. As novas tecnologias não vão deixar de crescer, o espaço agora é maior, as fronteiras tem menos força nesse paradigma. As informações e ideais que você lê neste blog sempre existiram, mas agora eles tem meios de chegar até você. A aldeia global proposta por McLuhan faz parte do cotidiano do homem, cabe a cada indivíduo filtrar, organizar e criticar o que acha válido dentro disso, só não cabe retrocesso, desserviço e minimização do processo de transcendência.
Texto: Júlia Pereira
Imagem: Google