O Teatro Brigadeiro Luis Antônio sediou neste sábado (11/03) o primeiro encontro presencial do curso online Teologia de Umbanda – Tu, ministrado por Pai Alexandre Cumino na plataforma Umbanda EAD.
Mais de 500 pessoas, entre alunos e convidados se reuniram para experienciar o primeiro passo da Jornada de Teologia.
Denominado “A Vivência” o evento pontua na linha do tempo da história da religião um marco em sua memória. Bem, podemos dizer que quem for escrever sobre a História da Umbanda daqui pra frente terá de citar o dia 11 de Março de 2017, quando umbandistas de todos os lugares do país, desde o Acre (literalmente) ao Rio Grande do Sul, saíram de seus lares, atravessaram nossas fronteiras regionais, se organizaram e moveram-se para neste dia congregar em uma única egrégora: saudar o ensino e a busca pelo conhecimento dentro da religião de Umbanda.
Começa a se definir com isso um novo perfil para seus adeptos, o perfil daquele que se felicita em junto de outros irmãos – de diversas outras “Umbandas”- se reunir em um teatro para ouvir sobre Umbanda. Quem estava passando pela rua com certeza deve ter se perguntado o que aquele pessoal de branco, trabalhado em seus brajás e guias faziam reunidos na frente de um teatro e não na beira do mar jogando oferenda para Iemanjá como de praxe.
Bom talvez dessa vez, aqueles que nos viram e que não fazem a mínima ideia do que seja a Umbanda e tampouco como ela acontece, foram incomodados por uma pulga atrás da orelha ao se deparar com uma fila de “macumbeiro” de ingresso na mão, todos muito bem vestidos – diga-se de passagem – alinhados em seus brancos e ansiosos para um evento onde “o altar, cada um trazia de casa.. dentro do peito” e o palco acolhia um pedacinho de cada um desses altares, transformando-os em espetáculo, em palestra, em humor, em curimba e em ensinamento.
Sim, com certeza as pessoas que passavam na rua sentiam essa energia e sem se dar conta acabavam levando também um pouco de axé pra casa.
E para quem perdeu, a gente conta só alguns detalhes: teve padê firmado em cima do palco, teve o canto do Ogã Severino Sena acompanhado da sua curimba – Tambor de Orixá, teve humor para umbandista com Paulo Mansur, teve Pai Rodrigo falando sobre o sentido da vivência, teve Pai Alexandre Takayama falando sobre direitos e deveres do umbandista, teve maaaais curimba, também teve Pai Alexandre Cumino fazendo mais de 600 pessoas silenciarem a mente por 10 min. em prática de meditação e teve tudo isso apresentado pelo nosso mestre de cerimônia e tutor do curso Zé Pelintra, Pai David Dias.
Texto: Júlia Pereira
Imagens:
Daniel Marques – Umbanda, Eu Curto!
Pedro Belluomini
Robson Andreani – Imagens da Minha Fé